Como crescer sem os jovens?
- Categoria: Coluna do Moreira
Fim de semana é quase sempre de muitas emoções e alegrias, para alguns, enquanto outros começam a segunda-feira amargando derrotas. Do futebol, é claro. Os que acordam tristes podem nem lembrar o nome do juiz que arbitrou a partida, mas, normalmente, não guardam dele boas lembranças.
É assustador ler que o tráfico de seres humanos figura como a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas. São ações que movimentam bilhões de dólares e atingem mais de 2 milhões de vítimas no mundo. A indignação aumenta quando vemos que, no Brasil, cerca de 60 mil pessoas por ano são atingidas por esse problema.
Nas últimas semanas, um dos assuntos que chamou a atenção do público brasileiro foi o caso da atriz Carolina Dieckmann, com a violação de sua intimidade por pessoas que conseguiram capturar informações arquivadas em seu computador e divulgá-las. Isso nos faz voltar a pensar em como estamos vulneráveis ao usar um sistema que talvez seja umas das nossas maiores conquistas nas últimas décadas.
Vi uma pesquisa, recentemente, mostrando que as crianças e os adolescentes brasileiros estão lendo menos livros. A queda no índice de leitura era apontada em todas as faixas etárias de cinco a 17 anos. Pode até não ser uma redução muito grande, mas causa preocupação ver, por exemplo, que a média de leitura entre os adolescentes de 14 a 17 anos caiu de 6,6 livros, em 2007, para 5,9 no ano passado. Na faixa de cinco a 10 anos, enquanto em 2007 a média era de 6,9 livros por criança, em 2011 caiu para 5,4.
A expansão do setor de telecomunicações, no fim do século passado, permitiu impulsionar a internet no País e trouxe nova dinâmica aos cursos de ensino a distância. Até aquele momento, essa forma de aprendizagem era vista com certo preconceito e muito vinculada aos cursos técnicos por correspondência ou aos telecursos produzidos por emissoras de TV, em parceria com o setor privado.