Forum Permanente

Os fenômenos naturais serão responsáveis pelos principais problemas econômicos do mundo. Esta afirmação consta do relatório do painel intergovernamental de mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem servido como foco de atenção para as cidades ao redor do mundo. Secas, enchentes, queimadas, enxurradas, tsunamis vem se agravando e se intensificando e não é mais possível atuar apenas reativamente. É preciso planejar e engajar os órgãos de governo e a sociedade para prevenir os acontecimentos, reduzir os efeitos e, em última instância, dar respostas rápidas vaso esses fenômenos ocorram.

Toda crise, para os chineses, representa uma oportunidade. Para os governos, a falta de verbas para tocar o dia a dia demanda articulação e diálogo permanente. E, para além do aprendizado, pode ser uma oportunidade no sentido de otimizar tempo e recurso, ao compartilhar estruturas.

Precisamos colocar a acessibilidade como desafio a ser encarado pelo País, estados e municípios. Quase 25% dos habitantes do estado do Rio de Janeiro possuem algum tipo de deficiência (visual, motora, auditiva ou mental). Segundo o Censo do IBGE, em 2010, essa porcentagem representava em números quase quatro milhões de pessoas.

As Olimpíadas estão chegando. E mais do que um grande evento, que ajudou a alavancar uma série de transformações na cidade do Rio, elas são importantes porque permitem a realização de encontros como o I Fórum estadual de Secretários e Gestores Municipais de Esportes.

No ano que vem o Rio de Janeiro vai sediar o maior evento do planeta: as Olimpíadas de 2016. As Paralimpíadas chegam na sequência, trazendo a possibilidade de enfrentarmos o desafio de tornar não só a capital, mas as cidades do estado do Rio de Janeiro acessíveis. Será o evento em que temos mais chance de sucesso na conquista de medalhas e consequentemente maior projeção.

Não é possível mapear todos os perfis presentes às manifestações de sexta-feira ou de domingo. Mas foram muitas pessoas. E buscar naquele barulho, nas centenas de cartazes, nas palavras de ordem, nos panelaços, nas declarações à imprensa uma síntese sem cores partidárias seria um exercício fundamental para a política dar um passo à frente.