Como crescer sem os jovens?
- Published in Coluna do Moreira
O País ainda não oferece oportunidades iguais para que todos os jovens aproveitem o ambiente de crescimento econômico e de diminuição de desigualdade alcançado na última década. Falta continuidade em nossas políticas de inclusão da juventude.
As políticas de qualificação profissional, por exemplo, não incluem o acompanhamento e a orientação dos jovens mais pobres na obtenção do primeiro emprego. Entretanto, eles integram o conjunto de pessoas que, efetivamente, pressionam a economia para a criação de novos postos de trabalho. Pelo menos metade dos desempregados no País são jovens, com idades entre 18 e 29 anos.
Isso não significa, contudo, que não temos boas iniciativas de políticas dirigidas aos mais jovens, especialmente àqueles que vivem em comunidades carentes. Há, por exemplo, O Programa de Proteção de Jovens em Território Vulnerável (Protejo), oferecido em algumas comunidades pobres de grandes cidades a jovens comprovadamente em situação de alta vulnerabilidade social, em particular àqueles em maior risco de conflito com a lei, praticantes ou vítimas de violência.
A despeito dessas iniciativas, o fato é que, ao longo da última década, a juventude foi um dos grupos para o qual a eficácia das políticas públicas foi mais limitada. O País ainda precisa identificar melhor os pontos fortes dos programas e ações em curso, suas debilidades e, principalmente, as áreas em que seria necessário reforçá-lo. Na SAE, estamos desenvolvendo proposta para um programa de atenção integral à juventude que contemple a expansão das oportunidades, com a incorporação de valores que assegurem uma transição produtiva para a vida adulta.