Cuidado com os exploradores de sonhos!

É assustador ler que o tráfico de seres humanos figura como a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas. São ações que movimentam bilhões de dólares e atingem mais de 2 milhões de vítimas no mundo. A indignação aumenta quando vemos que, no Brasil, cerca de 60 mil pessoas por ano são atingidas por esse problema.

 

É a exploração cruel e desavergonhada dos sonhos dos pouco, ou nada, afortunados, que cedem às promessas de uma vida melhor e acabam nas mãos de indivíduos sem escrúpulo. No fim, vítimas de engano e do abuso de poder, essas pessoas ficam à mercê de aliciadores que recrutam homens e mulheres, especialmente jovens, para a prostituição, o trabalho escravo e até para a retirada de seus órgãos.

Muitos dos nossos jovens são levados pelo sonho de se tornarem modelos ou jogadores de futebol, acreditando que conseguirão grandes contratos, por exemplo, em categorias de base. Porém, acabam alimentando a indústria do tráfico de pessoas, que faz dos adolescentes brasileiros as vítimas principais. O pior é que o problema está virando uma via de mão dupla no país. O Brasil se tornou também receptor de pessoas traficadas, sem contar o tráfico interno.

O problema é tão preocupante que, ao lado do trabalho de órgãos do Governo, como a Polícia Federal, a Câmara dos Deputados e o Senado instauraram Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar o tráfico nacional e internacional de pessoas. Eles poderão recomendar, por exemplo, mudanças na lei penal brasileira, assim como sugerir legislação específica sobre a questão, além do incentivo a programas de amparo aos cidadãos submetidos a esse tipo de exploração.

Mas, todos nós, cidadãos brasileiros, também precisamos estar atentos a qualquer indício de tráfico de seres humanos. Da mesma forma, precisamos alertar os pais ou responsáveis por jovens que possam representar as vítimas preferenciais desses aliciadores. Ou seja, não vamos vacilar e fiquemos atentos para denunciar imediatamente qualquer investida.

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