Sepe discute reivindicações com a prefeitura de Duque de Caxias

A greve da rede pública de ensino do município de Duque de Caxias, suspensa no último dia 17, foi encerrada oficialmente no dia 23. Durante os 13 dias de paralisação, os profissionais da educação estiveram nas ruas: em atos de protesto, passeatas, panfletagens e no diálogo com a sociedade denunciando a situação em que se encontra a educação municipal.

- O governo se mantinha intransigente e sem diálogo em relação à pauta de reivindicações aprovada pela categoria. Enquanto isso, as escolas sofriam sem o mínimo possível de condições materiais necessárias para a realização de um trabalho pedagógico. Faltavam todos os materiais, inclusive papel higiênico e não havia previsão para a solução do problema. Esse greve foi mais que justa e necessária para que os profissionais se fizessem ouvir e para que a atual prefeitura entendesse que com a educação é preciso dialogar - assinala o último boletim informativo da categoria.

Segundo o Sepe, no dia 27, a entidade foi recebida em audiência por representantes da Prefeitura - os secretários Luis Fernando Couto (Governo) e Marluce Gomes da silva (Educação) - para continuar a discussão dos principais pontos da pauta. Ficou agendada uma nova audiência pedagógica para o próximo dia 10 para dar continuidade à discussão. Acrescenta que, além da questão salarial, há outras reivindicações na pauta, como realização de concurso público, eleições diretas para diretores de escolas, retorno do Sepe aos Conselhos Municipais, distribuição de material didático nas escolas e creches, reestruturação curricular e criação do plano municipal de educação, reforma de escolas e transporte escolar, além do funcionamento do IPMDC.

BAIXADA – Em Nova Iguaçu, a greve também foi encerrada mas a categoria informa que continua em campanha salarial. Nesta quarta-feir (5), o Sepe fará encontro de representantes das escolas no MAB e no dia 12, uma paralisação de 24 horas, com assembléia também no MAB às 13h. Em Belford Roxo, as atividades serão paralisadas na quarta e na quinta-feira (5 e 6). A categoria quer reposição das perdas salariais (25% para o magistério e 46% para os demais funcionários da educação), além do aumento do vale transporte. Em Mesquita, depois de uma paralisação de 24 h combinada com ato de protesto e passeata, no dia 21, haverá greve a partir do dia 11, uma vez que não houve entendimento com a Prefeitura, que oferece 8% de reajuste e incorporação do abono. A categoria reivindica 14% de aumento.