Boas festas e cautela!

Fim do ano se aproximando, com uma rapidez que nos assusta, expectativa de festas, presentes, compras. É a hora de sairmos para gastar. Levamos a carteira, os sonhos, até a calculadora mas, às vezes, esquecemos de carregar junto muita atenção e cuidado. Porque essa é a hora em que as boas ofertas estão a nossa espreita, a cada segundo. Especialmente de quem acaba de chegar à nova classe média brasileira. São os pacotes de viagem, os eletrônicos, os brinquedos das crianças. Todos com ofertas tentadoras, mas que deixam muito a desejar quando o quesito é transparência. Portanto, antes dos votos de “boas festas”, neste momento a palavra é: cautela!

É difícil dizer para quem está sonhando com as compras de fim de ano para ter cautela na hora de gastar. Mas é preciso ter muito cuidado com os riscos de endividamento nessa época. É importante não esquecer que as faturas começam a chegar no início do ano, quando também chegam os carnês do IPTU e do IPVA. Isso sem considerar o caso daqueles que precisarão comprar material escolar.

Também é preciso cautela para que o 13º salário não fique totalmente comprometido com os gastos de fim de ano. Segundo cálculos do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 118 bilhões na economia brasileira, até dezembro, beneficiando cerca de 78 milhões de brasileiros, somando trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados. Esse montante representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Ao longo dos anos, os especialistas vêm recomendando que pelo menos parte dos recursos do 13º salário seja reservada para a poupança. Portanto, vamos todos ficar atentos no momento das compras de final de ano e das providências para as merecidas férias, para que possamos garantir nossas “boas festas” e um próximo ano sem sobressaltos.