Garotinho abre campanha em Caxias batendo forte no MDB

Foto: Jornal Capital Caxias_Anthony Garotinho (PRP) escolheu a Praça da Emancipação, conhecida como Praça do Relógio, no centro de Duque de Caxias, para iniciar sua campanha ao governo do Estado do Rio de Janeiro, na manhã do último dia 16. Acompanhado da candidata a vice Vereadora Leide (PRB), de Duque de Caxias, e do senador Eduardo Lopes (PRB), entre outros correligionários, Garotinho discursou em um caminhão de som estacionado na Avenida Governador Leonel de Moura Brizola e depois saiu em caminhada pelo calçadão da Avenida Nilo Peçanha, sendo muito cumprimentado por populares. O candidato fez duras críticas a antigos nomes do MDB, como o ex-governador Sérgio Cabral, o atual Luiz Fernando Pezão, ao ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, agora candidato pelo DEM, e ao presidente da Alerj Jorge Picciani. O candidato prometeu, se eleito, reabrir o Restaurante Popular.

- Aquela turma que roubou o estado tem muito dinheiro para comprar voto do povo. É o momento do Rio voltar a ser feliz, vamos recuperar o estado. Na tentativa de me igualarem a eles, a justiça me acusou de dar cheque cidadão para pobre em troca de voto. Não tenho fazendas como Picciani ou conta milionária no Panamá como a família de Paes. Eu denunciei essa gente que está aí - afirmou Garotinho, que lembrou ainda a "turma do guardanapo" de Paris: Sérgio Cabral, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, e o de saúde Sérgio Côrtes, o empresário Fernando Cavendish, e George Sadala, tido como o operador financeiro de Cabral, e Sérgio Dias, que foi secretário de Urbanismo de Paes.

Em seu discurso, Garotinho falou sobre a corrupção “generalizada” no Estado e enfatizou a importância do voto. “Peço a todos: não vendam seu voto. O político que compra voto não tem respeito pelo eleitor. Chega de governo almofadinha para zona sul. Não vamos discriminar ninguém. Vamos governar para os que mais precisam”, afirmou.

 

“O principal desafio é reequilibrar  as finanças do Estado”

Durante sua primeira passagem pela Baixada Fluminense na atual campanha, Anthony Garotinho falou com o Capital

 

Foto: Jornal Capital Caxias_Candidato, como se sente estando de novo na Baixada Fluminense durante uma campanha muito difícil e qual a mensagem que o senhor deixa para a população e para o empresariado?

- Os maiores investimentos na Baixada foram feitos na minha gestão. O Pólo Gás-Químico, que foi uma parceria de liberação de incentivos fiscais do Estado para que fosse feito aqui em Caxias. Eles queriam levar para Camaçari, na Bahia. E também o favorecimento fiscal que demos para o a instalação do centro de distribuição, hoje atendendo as Lojas Americanas e outras grandes Lojas que vieram para a Região. A Baixada teve um crescimento acima da média do Estado, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro cresceu muito menos que a Baixada. Isso no nosso período. No governo Cabral, infelizmente a Baixada foi delegada ao segundo plano, não houve desenvolvimento nem investimento econômico e muito menos em saneamento básico, um desastre que nós tivemos aqui. Para você ter noção, uma obra do tamanho da Adutora da Baixada, nós fizemos uma duplicação até a entrada da Baixada para levar água a todos os municípios. Ele [Cabral] não fez a ligação residencial, com uma alegação de que se ligasse ia faltar água na zona sul do Rio. Quer dizer, pode faltar água em Queimados, Japeri. Pode faltar no terceiro distrito de Caxias, mas não pode faltar na Zona Sul. Com tristeza vemos a Baixada perdendo espaço no contexto do Estado nesses últimos 12 anos - 8 anos de Cabral e 4 de Pezão. Você agora vê o carinho do povo, que está aqui. Não falamos nada nem anunciamos e vieram nos receber.

E com essa volta, o senhor saindo vitorioso nessa eleição, o desafio vai ser muito grande para reconstruir o Estado?

- O principal desafio é o reequilíbrio as contas do Estado. Mas eu sou o único candidato que já passou por uma reorganização da dívida. Quando eu assumi na época do Marcelo Alencar, isso aconteceu também. Salários atrasados, o Estado não pagava a dívida com a União e eu coloquei tudo no lugar. Acabei de receber vários abraços de funcionários públicos, que disseram: "Pôxa, Garotinho, na sua época tínhamos calendário, a gente recebia, podia comprar a crediário. Hoje em dia não pode mais". O funcionário perdeu o crédito durante esses governos. O que também acontece com o comércio, porque, sem a certeza de que o funcionário vai receber, não vende a prazo. Então equilibrando as finanças do Estado vamos em frente. Essa é minha prioridade.

 

“É importante estarmos juntos para que a gente possa buscar o melhor para o povo”

O senador Eduardo Lopes também conversou com a reportagem do Capital.

Como é para o senhor estar iniciando sua campanha de reeleição pela Baixada Fluminense?

- Em primeiro lugar, a gente sabe que é uma campanha difícil e, pela primeira vez, uma disputa de presidente, governador, senador, deputado federal e estadual com 45 dias. É curta. Agora, não tem coisa melhor do que isso aqui, o povo. Eu tenho que estar junto com o povo porque o meu trabalho no Senado é junto com o Governo do Estado, seja quem for o governador. Mas fazemos questão de dizer que estamos com o Garotinho, cremos na vitória. “É importante estarmos juntos para que a gente possa buscar o melhor para o povo”. Eu fui escolhido, através do Observatório Político do Estado do Rio de Janeiro, entre todos os senadores, deputados federais e estaduais e vereadores do Estado, o número 1 em atuação em favor dos municípios, o parlamentar mais atuante. Quando a gente atende o município, a gente atende o povo. São muitos os problemas, mas estamos trabalhando pelo Rio de Janeiro e quero continuar defendendo o nosso Estado.

 

O governador Garotinho elegeu sanear as finanças do Estado como a grande prioridade. Como você vê o quadro do Rio de Janeiro hoje?

- Eu tenho esta preocupação também. O Garotinho está com uma visão bem clara e por isso eu vejo nele o melhor candidato. Ele sabe o que fazer, sabe e vai fazer. E nós vamos estar juntos nisso. Quem assumir o Estado tem que saber que dali a dois anos vai encontrar a dívida de novo pela frente. Ela só foi rolada para frente e vai voltar ainda maior. A recuperação fiscal não era o ideal, mas dentro daquilo que o Rio precisava de forma urgente, foi o que nós tivemos que aprovar. Pelo menos para poder deixar o povo respirar.

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