“Inflação preocupa governo e combate à alta de preços será acirrado”
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Pouco antes de ser reunir segunda-feira (25) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo tem “imensa preocupação” com a inflação e fará um “combate acirrado” ao aumento dos preços. “Nós temos imensa preocupação com a inflação. Não há a hipótese de que o governo se desmobilize diante da inflação, todas as nossas atenções vão estar voltadas para um combate acirrado”, disse após sair do posto médico do Palácio do Planalto onde recebeu a vacina contra a gripe.
No início de abril, Mantega anunciou aumento de impostos sobre empréstimos tomados no exterior para conter a valorização do real e da tributação do crédito a pessoas físicas para segurar o aumento de preços. Na ocasião, o ministro afirmou que novas ações poderiam ser anunciadas para conter a alta da inflação e a queda do dólar.
CRÍTICAS A JUROS - A Força Sindical chamou de “desastrosa” a decisão tomada dia 20 pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar para 12% a taxa básica de juros (Selic). “O governo, mais uma vez, atende os interesses do capital especulativo, com uma clara demonstração de que o espírito conservador continua orientando a política monetária”, criticou a central em nota assinada pelo seu presidente, Paulo Pereira da Silva. A elevação de 0,25 ponto percentual, a terceira neste ano, também foi criticada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Para a a entidade, a alta é “um grave equívoco que comprometerá ainda mais o crescimento econômico deste ano, com implicações negativas na geração de emprego e na renda dos trabalhadores”. Segundo o Copom, a medida foi necessária devido ao risco de descontrole da inflação e as incertezas em relação ao mercado interno e o cenário internacional.