Estado vai sediar Centro de Excelência em Fertilizantes com apoio da Alerj

O Estado do Rio de Janeiro vai sediar o Centro de Excelência em Fertilizantes, empreendimento pioneiro que será integrado ao Plano Nacional de Fertilizantes. O projeto já recebeu repasse de R$ 35 milhões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que vem articulando a sua implementação em conjunto com o Governo do Estado, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na quinta-feira, (01/09), o Executivo estadual apresentou à União documento ratificando o compromisso de implantar a unidade.

 “O Rio tem fartura de gás e instituições científicas necessárias para desenvolver pesquisas para a produção de fertilizantes. O programa vai promover vantagens competitivas para o estado, incentivando a pesquisa e inovação do setor. Temos portos, ferrovias e, é claro, um mercado consumidor. Estamos brigando pela possibilidade de termos um gasoduto no estado, justamente para podermos aproveitar as reservas de gás. Hoje, 60% do gás produzido está sendo reinjetado nos poços”, explica o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), o autor original da Lei 9.716/22, que criou o Plano Estadual de Fertilizantes.

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O recurso destinado pela Alerj será usado na primeira fase do projeto, que inclui adaptação do antigo prédio da empresa Schlumberger que deverá abrigar o Centro de Referência Tecnológico de Fertilizantes, na Ilha do Fundão, e o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica digital de gestão e negócios. O Plano Estadual de Fertilizantes vai incentivar a implantação de indústrias no estado, promovendo a sinergia com a cadeia de gás natural. Em janeiro deste ano, o Rio de Janeiro foi responsável por 61,3% do gás produzido em todo o território nacional.

Alerj como referência

O pioneirismo da Alerj na aprovação do Plano já inspira outros estados. O projeto foi apresentado pela secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Rio, Geiza Rocha, em evento organizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

 “O Rio de Janeiro e o Amazonas não têm tradição na produção de fertilizantes, mas temos abundância de recursos naturais, com o gás natural no Rio e o potássio no Amazonas. Ambos possuem uma plataforma logística privilegiada para escoamento da produção e potencial para serem referência em inovação para o setor”, afirmou Geiza.

 O Centro de Excelência irá conectar o Rio de Janeiro com projetos e pesquisadores no Brasil e no mundo, criando um ecossistema de inovação que viabilizará parcerias com países como China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Alemanha. Um dos motivos da escolha do Rio de Janeiro como sede do centro foi o potente ecossistema para a inovação, que vai desde as universidades federais e estaduais à empresas como a Embrapa, Serviço Geológico do Brasil, Centro de Tecnologia Mineral, Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), além da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).