coluna direito Dra. Gilmara

UE vai limitar acesso ao mercado de trabalho europeu

A União Europeia (UE) quer definir para breve uma nova política migratória que atingirá principalmente os latinos-americanos. A exemplo do que foi adotado no Canadá, os europeus analisam a possibilidade de estabelecer regras a partir de uma relação de profissões úteis para cada país do bloco, além de outros critérios para a entrada de imigrantes. A ideia é autorizar o ingresso apenas de profissionais de nível superior e técnicos cuja mão de obra seja necessária e onde houver carência desses profissionais.

O representante da UE no Brasil, o embaixador português João José Soares Pacheco, afirmou que a preocupação dos europeus é definir uma política para o ingresso de imigrantes na região "de forma ordenada". Segundo ele, o objetivo é dar acesso a todos à segurança social e a garantias trabalhistas. "Vamos continuar a aceitar os imigrantes. Eles são necessários e fazem parte da nossa política. Nós sabemos que vamos precisar da mão de obra dos imigrantes pois há um envelhecimento da população e faltam trabalhadores em áreas específicas", disse Pacheco.

O embaixador disse que a relação das "profissões necessárias" ainda não está concluída, mas há subcomissões na União Europeia designadas exclusivamente para tratar do tema. Em 2009, o Itamaraty, em nome do governo do Brasil, protestou formalmente em relação ao tratamento discriminatório dado aos turistas brasileiros que tentavam entrar na Espanha. Houve denúncias de restrições nos aeroportos e tratamento desrespeitoso por parte de algumas autoridades policiais. Um dos casos emblemáticos de suspeita de discriminação a imigrantes envolveu o brasileiro Jean Charles de Menezes. O imigrante brasileiro, que vivia em Londres, foi morto por engano pela Scotland Yard, em 2005, depois de ser confundido com outro estrangeiro de origem árabe suspeito de promover um atentado na cidade. O assassinato gerou protestos no Brasil e na Inglaterra.

Aparelhos high-tech com visual retrô

Foto: ReproduçãoMesmo em plena era do iPad, Nexus S, HTC Evo, Android, Kindle 3 e o Kinect, o gosto pelo visual antiquado não é algo novo. Ele pode tornar tecnologias desafiadoras mais familiares. Para um aficcionado, um telefone antigo que se conecta a um celular tem um sabor irônico. Existe também um senso de permanência para produtos vistos como descartáveis. Outros ainda são considerados arte. Um exemplo desse fenômeno é a máquina de escrever transformada em teclado de computador. Jack Zylkin, da Filadélfia, criou uma para visitantes do Hive76, um clube de amantes da eletrônica em sua cidade. "Achei que seria uma brincadeira. Não imaginei que houvesse tanta demanda para ela", espanta-se ele, que hoje vende várias unidades, com uma fila de espera de duas a três semanas.

Ele trabalha com máquinas recondicionadas por um vendedor aposentado da Remington. Acrescenta a elas um sensor que reconhece quando uma tecla é pressionada e conecta tudo ao computador por uma porta USB. Não é preciso pressionar a tecla até o fim para o computador reconhecer, mas se você quiser, pode digitar como antigamente e fazer uma cópia em papel enquanto salva o texto digitalmente. Assim, se cair o sistema, você não perde o trabalho que estava fazendo. Chique, não? O teclado vintage custa entre US$ 600 e US$ 900, mas sai por US$ 400 se você fornecer a sua própria máquina de escrever.

Brasil terá a primeira embaixada ocidental construída pela Palestina

ABR/Valter CampanatoO Brasil será o primeiro país ocidental onde a Palestina construirá uma embaixada. A pedra fundamental da obra, que deve ser iniciada ainda este ano, foi lançada dia 31 pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, no Lote 46 do Setor de Embaixadas Norte, em Brasília. De acordo com o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben, a decisão de construir a embaixada se deve ao fato de o Brasil "ser um sócio muito importante" para seu país.

"É a primeira vez que vamos construir uma embaixada no Ocidente e escolhemos o Brasil porque é um país que sempre se inseriu na questão palestina de forma muito positiva", justificou o embaixador. Segundo ele, as outras embaixadas de seu país no Ocidente geralmente estão instaladas em imóveis alugados ou adquiridos já prontos. O terreno onde a embaixada será construída em Brasília foi doado pela União em 2008, em ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Obrigado, Brasil. Este é um ato de soberania e solidariedade que marca o retorno de uma Palestina livre e soberana", discursou Zeben por ocasião do lançamento da pedra fundamental da obra.

Brasil responsabilizado por desaparecidos do Araguaia

A Corte Interamericana de Direitos Humanos considerou o Brasil responsável pelo desaparecimento forçado de 62 pessoas na Guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1974, durante o regime militar, e determinou que o governo investigue penalmente os fatos "por meio da Justiça ordinária" e puna os responsáveis. A sentença, divulgada dia 14 pelo tribunal em San José, na Costa Rica, afirma que a interpretação da Lei de Anistia, de 1979, não pode continuar a ser um "obstáculo" para a investigação dos fatos e punição dos responsáveis. "Foi analisada a compatibilidade da Lei de Anistia nº 6.683/79 com as obrigações internacionais assumidas pelo Brasil à luz da Convenção Americana sobre Direitos Humanos", diz a sentença do caso, chamado de Gomes Lund e outros versus Brasil.

Portugal será aliado “mais fiel” do Brasil para vaga da ONU

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, destacou durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff, no dia 2, o apoio do país europeu para que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "Tive a oportunidade de dizer à presidenta do Brasil que pode contar com Portugal como mais fiel e mais próximo aliado, no que vai ser a caminhada do Brasil para ocupar o seu espaço no Conselho [de Segurança] das Nações [Unidas]", destacou.

No dia 1º, na cerimônia de posse de Dilma, Sócrates já havia defendido a entrada no Brasil na instituição, que conta com cinco membros permanentes (Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia). Ele disse também, na ocasião, que assistiu a toda a transformação passada pelo Brasil nos oito ano de governo Lula e que, ao mudar o país, "mudou também a visão do mundo sobre o Brasil".

Mercosul terá placa de veículos unificada

Os veículos dos países que integram o Mercosul deverão rodar usando placas unificadas dentro de até dez anos. A medida vai permitir a livre circulação de carros, motos, ônibus e caminhões entre o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. A unificação das placas foi aprovada pelos chanceleres dos países do bloco, que participaram de encontro em Foz do Iguaçu. A placa será igual para os países do Mercosul, com uma alusão ao bloco, mas a combinação alfanumérica vai continuar a ser determinada por cada uma das autoridades nacionais.

Segundo o Itamaraty, hoje os veículos de carga e de passageiros (ônibus e caminhões) circulam entres esses países com o Certificado de Inspeção Técnica Veicular que atesta o cumprimento das condições de segurança para o deslocamento na região. Esses veículos serão os primeiros a receber a nova placa, o que deve ocorrer a partir de 2016. Em 2018, as placas começarão a identificar também os veículos novos.

De acordo com o embaixador e subsecretário-geral para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, a unificação das placas dos carros vai trazer benefícios para os habitantes do Mercosul. "Isso vai melhorar muito a questão da segurança e da circulação das pessoas", afirmou o embaixador. "A ideia da placa é muito simples: é para botar o Mercosul na garagem de todos vocês".

Quatro países latino-americanos vão eleger novos presidentes este ano

A América Latina terá neste ano um período de eleições presidenciais. Em quatro países - Peru, Guatemala, Argentina e Nicarágua - os eleitores irão às urnas para escolher o novo chefe de Estado. No México e na Venezuela, as eleições estão marcadas para 2012. Os primeiros a viver o clima de campanha serão os peruanos, em abril. Quatro candidatos têm possibilidade de suceder o atual presidente, Alan Garcia. São eles Luis Castillo e Alejandro Toledo, além de Keiko Fujimori (filha do ex-presidente Alberto Fujimori) e Ollanta Humala. Na Guatemala, a corrida às urnas será em setembro. Uma das candidas é Sandra Torres, a atual primeira-dama, mulher do presidente Álvaro Colom. Também disputa as eleições o ex-general Otto Pérez Molina.

Os argentinos escolherão o sucessor da presidente, Cristina Kirchner, em outubro. A morte do ex-presidente Néstor Kirchner, no fim do ano passado, deixou um vazio no cenário político local, segundo especialistas. Na lista de candidatos estão Elisa Carrió, Fernando Pino, e o vice-presidente Julio Cobos. Em novembro, será a vez dos eleitores da Nicarágua irem às urnas. O atual presidente, Daniel Ortega, tenta a reeleição, mas na disputa estão também os candidatos Arnoldo Alemán e Fabio Gadea. No México, ao longo deste ano, serão escolhidos governadores de 11 estados. O governo federal, comandado pelo presidente Felipe Calderón, lançou uma campanha nacional e pede o apoio dos governos estaduais no combate aos grupos organizados que atuam no tráfico humano e de drogas.

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