coluna direito Dra. Gilmara

Brasil se diz satisfeito com acordo do G20 sobre indicadores econômicos

Após tensos debates, sobretudo com a China, os ministros da Economia dos países do G20, reunidos em Paris sábado (19), conseguiram fechar um acordo sobre os indicadores que irão medir os desequilíbrios macroeconômicos entre os países. Os novos indicadores incluem a taxa de câmbio, elemento que o governo brasileiro avalia como “muito positivo”. A China, que até os últimos instantes estava bloqueando as negociações, aceitou, contrariando as expectativas gerais, incluir a taxa de câmbio como um dos elementos que vão ser levados em conta para definir os déficits ou superávits excessivos dos países.

O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil “saiu satisfeito com esse acordo” porque ele contemplou muitos aspectos importantes para o Brasil. “Nós chegamos a um acordo para colocar os vários indicadores que interessavam ao Brasil, particularmente. O principal para nós eram as contas externas e taxa de câmbio”, disse Mantega. “O Brasil está plenamente satisfeito porque [o acordo] aponta alguns desequilíbrios externos que indicam que existe guerra cambial, que existem países com o câmbio mais valorizado do que outro. Portanto, vai na direção que o Brasil gostaria”, disse o ministro.

A posição brasileira no G20 a respeito da valorização do câmbio em alguns países se torna mais clara após o fechamento do acordo. Na  sexta-feira (18), após uma reunião com os ministros da Economia do Bric (Brasil, Rússia, Índia, e agora também a África do Sul), Mantega havia preferido não se estender sobre o tema da guerra cambial entre os Estados Unidos e a China. O ministro havia apenas dito que “não há um único responsável, mas um conjunto de responsáveis pela situação atual do desalinhamento das moedas”.

Cúpula América do Sul-Países Árabes será na segunda quinzena de abril

A Embaixada do Peru no Brasil confirmou ao Ministério das Relações Exteriores que a 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Lima, prevista para começar no dia 12 deste mês, foi remarcada para 20 de abril. Assessores brasileiros foram informados sobre o adiamento das reuniões em decorrência da crise que atinge parte do mundo muçulmano.

É uma medida de precaução, a pedido dos líderes políticos dos países árabes. A presidenta Dilma Rousseff estrearia na cúpula nos dias 15 e 16 de fevereiro. Em um primeiro momento, caberia a ela discursar em duas situações - para os empresários e depois para os líderes políticos sul-americanos e árabes. Porém, o adiamento da cúpula pode mudar parte do cronograma.

Governo aguarda autorização para retirar brasileiros da Líbia

A Embaixada do Brasil na Líbia aguarda autorização do governo do presidente líbio, Muammar Kadhafi, para o pouso de um avião fretado que vai retirar cerca de 170 brasileiros que estão em Benghazi - uma das principais cidades do país e onde há protestos intensos nas ruas. O Ministério das Relações Exteriores em Brasília espera respostas da representação diplomática sobre as negociações. Os confrontos, que já duram mais de uma semana na Líbia, levaram ao agravamento da crise no país. Há dificuldades de comunicação com a Embaixada do Brasil em decorrência dos problemas de comunicação. A maioria dos telefones fixos na Líbia está impedida de fazer ligações para o exterior.

Na Líbia, de acordo com o Itamaraty, há cerca de 500 a 600 brasileiros. A ideia é retirar essas pessoas, que estão em Benghazi, e levá-las para a capital da Líbia, Tripoli. Porém, é necessário ainda obter visto de saída para os brasileiros. Só depois dessa autorização, os brasileiros poderão deixar a região.

O embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, fez o pedido às autoridades do país, no domingo (20) mas não obteve resposta. O avião foi fretado pela construtora Queiroz Galvão, responsável por alguns dos brasileiros que estão na região. Há também funcionários das empresas Odebrecht e Petrobras.

Crise no Egito pode prejudicar comércio com Brasil

O Brasil exportou no ano passado US$ 12,57 bilhões para os países árabes, 34% a mais que em 2009. O valor, recorde histórico, ficou bem acima do que o país gastou com importações, que somaram US 6,96 bilhões (aumento de 33%). Na lista dos países árabes que mais compraram do Brasil no ano passado, a Arábia Saudita é a líder com US$ 3,09 bilhões (59% a mais que em 2009), seguida pelo Egito, com US 1,97 bilhão (aumento de 36%).

Na avaliação do presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Salim Taufic Schahin, a tendência é de crescimento ainda maior das relações comerciais nos próximos anos. Ele prevê para este ano expansão de 15%, que “pode até ser conservadora”. No entanto, Schahin considera prematuro fazer previsões sobre o impacto da crise política do Egito nas relações comerciais com o Brasil.

Reservas internacionais do Brasil ultrapassam US$ 300 bilhões

As reservas internacionais do Brasil ultrapassaram a marca simbólica de US$ 300 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC). É a primeira vez na história do país que o volume de divisas internacionais alcança esse patamar. O valor exato, divulgado pelo BC, é de US$ 300,271 bilhões, mais de meio trilhão de reais. As reservas no encerramento de 2010 estavam em US$ 288,57 bilhões. De lá para cá a autoridade monetária foi induzida a comprar mais dólares no mercado à vista e a contratar operações de compra no mercado futuro (swap cambial reverso) com o objetivo de conter a desvalorização da moeda norte-americana ante o real.

Dilma firma acordos durante visita a Argentina

Os governos do Brasil e da Argentina firmaram dia 31 um acordo para a construção de dois reatores nucleares durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina. Cada país deve construir o próprio reator a partir de projetos comuns. Foram assinados ainda um memorando sobre bioenergia, firmada uma parceria para a construção do complexo hidrelétrico de Garabi, entre a Província de Corrientes, na Argentina, e o estado do Rio Grande do Sul, e ainda uma acordo para a construção de uma ponte que ligará São Miguel do Oeste (SC) à cidade argentina de San Pedro.

Segundo a presidenta Dilma a expectativa é de que as obras para a construção da usina de Garabi comecem entre 2013 e 2014. “Nossa parte foi feita e eles [Argentina] vão contratar o estudo de viabilidade e pelos dados que vi estão pretendendo que Garabi seja construída no mais tardar entre 2013 e 2014”.

Por meio de um convênio firmado entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Planejamento da Argentina o governo brasileiro colocou a disposição o modelo do programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de moradias populares. No Brasil, a meta do programa é construir 1 milhão de unidades habitacionais. Na área das Comunicações foi assinado um plano de ação conjunta para cooperação bilateral com objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga até 2015 nos dois países, por meio da melhoria na qualidade de conexão e ampliação da disponibilidade do serviço.

China supera Japão como 2ª potência econômica mundial

Banco de ImagensO governo do Japão divulgou segunda-feira (14) o balanço econômico de 2010 e confirmou a perda do posto de segunda maior economia mundial para a China. De acordo com dados oficiais, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão em 2010 ficou em US$ 5,474 trilhões. Já a China fechou o ano com um acumulado de US$ 5,8786 trilhões. A queda nas exportações e no consumo interno, desencadeada pela recessão de 2008/2009, prejudicou o desempenho do Japão. Já a China teve excelente desempenho no setor manufatureiro.

Segundo os dados divulgados pelo governo, a economia japonesa teve uma retração de 1,1% na taxa anualizada nos três últimos meses de 2010. O crescimento recuou 0,3% em relação ao trimestre anterior. Foi a primeira vez, em quatro trimestres, que a economia registrou uma contração. Assim, o PIB anual teve expansão de 3,9%. O ritmo de recuperação do Japão foi lento demais para segurar a posição de segunda maior economia mundial, posto que o país ocupou por mais de 40 anos.

Mas o governo diz que o fato não abala a confiança dos japoneses. “Não estamos competindo por rankings, mas trabalhando para melhorar a vida dos cidadãos”, disse o ministro de Política Econômica do Japão, Kaoru Yosano. Yosano afirmou ainda que o crescimento chinês é uma boa notícia não só para o Japão, mas para os vizinhos asiáticos. “Isso [o crescimento da China] pode ser a base de um desenvolvimento da economia regional, ou seja, da Ásia Oriental e do Sudeste”, sugeriu.

Turistas brasileiros não encontram vagas em voos para deixar Egito

Turistas brasileiros estão com dificuldades para deixar o Egito antes da data marcada para a sua saída. Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, esses turistas não estão encontrando vagas nos voos. Aqueles que estão deixando o país em data previamente marcada não têm encontrado problemas. Segundo o ministério, não há uma estimativa de quantos turistas brasileiros estão no Egito. A embaixada sabe que há cerca de 100 brasileiros vivendo no Cairo, capital do país, a maioria mulheres casadas com egípcios.

Sindicatos egípcios convocaram greve geral para pressionar pela renúncia do presidente Hosni Mubarak, em meio aos mais intensos protestos no país em três décadas. A greve foi convocada nas cidades do Cairo, de Alexandria, Suez e Port Said. O governo anunciou a ampliação do toque de recolher até as 8h (4h em Brasília) desta terça-feira, de acordo com informações da BBC Brasil. Inicialmente, o toque de recolher deveria terminar domingo (30).

Segundo a oposição, os protestos vão continuar até que haja uma ampla reforma política e econômica no Egito. Os manifestantes dizem aceitar um governo de transição e querem a convocação de eleições diretas e transparentes. Na área econômica, querem medidas para combater o desemprego e incentivar a economia. Em alguns bairros do Cairo e de outras cidades, moradores montaram barricadas, armados com bastões e facões para proteger de saques e vandalismo.