Morte de Malhães: ONU pede ‘investigação imediata’
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O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, em Genebra, quer “investigação imediata” do assassinato do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, de 77 anos, que foi torturador de presos políticos durante a ditadura militar. O coronel foi encontrado morto na manhã de sexta-feira (25) dentro de sua casa, num sítio do bairro Marapicu, em Nova Iguaçu, depois que três homens invadiram a casa.
- É preciso ter investigação imediata para esclarecer os fatos em torno deste caso e que os responsáveis sejam levados à Justiça - disse Ravina Shamdasani, uma das porta-vozes do Alto Comissariado. Shamdasani, no entanto, não quis se pronunciar além disso, dizendo que vai aguardar primeiro informações do escritório regional do Alto Comissariado, no Chile.
O delegado-adjunto da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), William Pena Júnior, informou nesta segunda-feira (28) que aguarda o laudo cadavérico do corpo de Malhães, para saber se ele morreu ou não asfixiado. “O perito tem um prazo legal de 10 dias para apresentar o laudo cadavérico para que a gente possa ter acesso à causa da morte. Não podemos afirmar se houve tortura (a Paulo Malhães). Houve, sim, aquelas ameaças e pressões que, normalmente, acontecem nos roubos. É lógico que, em decorrência disso, ele pode ter sofrido infarto”, disse o delegado. O delegado ressaltou que o retrato-falado de dois dos três bandidos já estão prontos, mas não serão divulgados neste momento para não atrapalhar as investigações. Um dos criminosos cobriu o rosto na invasão ao sítio.