Cristina Kirchner será operada nesta terça na Argentina

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, será submetida nesta terça-feira (8) a uma cirurgia cerebral, na Fundação Favaloro Hospital Universitário, em Buenos Aires. Os médicos vão drenar o edema que se formou no cérebro da presidenta. Cristina Kirchner foi internada no hospital para ser preparada para a cirurgia e fazer os exames prévios. Em comunicado, a direção da instituição confirmou apenas que a cirurgia ocorrerá pela manhã. “Diante do quadro clínico, a equipe [médica] indica a intervenção cirúrgica. A mesma consiste na evacuação cirúrgica do hematoma [cerebral]”, explica a fundação. A Presidência da República da Argentina informou que, por recomendação médica, Cristina Kirchner ficará de repouso por um mês em decorrência de um traumatismo craniano causado por uma queda em agosto.

 

A notícia causou impacto na Argentina, justamente na reta final da campanha para as eleições legislativas de 27 de outubro. Várias tarefas políticas da presidenta serão desempenhadas pelo vice-presidente argentino, Amadeo Boudou, que hoje (7) assumiu o lugar de Cristina. "Uma situação dessas não é nova e não gera incerteza. Quando iniciou seu segundo mandato, Cristina também foi obrigada a se afastar por razões de saúde e a situação foi muito menos [grave] do que imaginávamos”, disse Boudou, referindo-se à operação à qual Cristina se submeteu para retirar um tumor na tireoide. Inicialmente, suspeitava-se que fosse maligno, mas depois os médicos concluíram que era benigno.

De acordo com o texto da Fundação Favaloro, a presidenta apresentou ontem (6) “sensação de formigamento” no braço esquerdo durante exame feito por uma equipe médica na residência oficial de Olivos. Segundo o comunicado, a partir do exame físico-neurológico foi constatado que havia “uma transitória e leve perda de força muscular do mesmo membro superior”.

Cristina Kirchner recebeu mensagens de solidariedade dos presidentes Dilma Rousseff, Nicolás Maduro (Venezuela) e Juan Manuel Santos (Colômbia). Em nota, no último dia 5, a Presidência da República da Argentina informou que há uma acumulação de sangue e alguns elementos orgânicos no cérebro da presidenta causando um edema cerebral.