Já condenado no TJ-RJ, presidente do Inmetro é alvo de vários inquéritos

Foto: Jornal Capital Caxias_Reprodução

Nomeado para a presidência do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em julho de 2016, Carlos Augusto de Azevedo passou a ser alvo de uma série de denúncias de fraudes, improbidades administrativas e evidências de corrupção jamais ocorrida na história de 45 anos do órgão. A maior parte destas denúncias, hoje se constitui em Inquéritos Civis e Criminais que tramitam no Departamento de Polícia Federal, no Ministério Público Federal e na Controladoria Geral da União.

 Antes de seu trabalho à frente do Inmetro, Azevedo comandou, entre 1999 e 2002, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), do governo do Estado. Mais de uma década depois, em fevereiro de 2015, foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por irregularidades cometidas durante sua gestão no comando da fundação (processo TJ-RJ/APL nº 0035534-90.2006.8.19.0001). Sua indicação partiu do então ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Pereira, envolvido nos escândalos da JBS e da Odebrecht, esta última que controla empresas como a Braskem, Or, Ocyan e Atvos, entre outras.

Para tentar frear as irregularidades, a procuradora Renata Ribeiro Batista, do Ministério Público Federal (MPF), abriu pelo menos nove processos contra o órgão. Estão no alvo decisões do presidente do e do ex-diretor Alexander Assis de Oliveira. São muitas as suspeitas e acusações contra a atual diretoria do Inmetro. Vão de assédio moral a fraudes em contratos com empresas de limpeza e de processamento de dados.

- Pelas apurações, há um grave comprometimento da alta administração do Inmetro, que envolve desde uma articulação para atrasar ou impedir a instalação do setor de corregedoria interna, que poderia atuar para evitar outras irregularidades, passando pelo sucateamento do órgão e chegando até fatos bem mais graves, como desvios de recursos públicos federais - afirmou à Agência Brasil a procuradora da República Renata Ribeiro Batista, da unidade do MPF em São João de Meriti.

DEMISSÃO

As denúncias ganharam repercussão na imprensa brasileira no inicio de julho último após o MPF anunciar a abertura de várias investigações. Apenas o diretor de Administração e Finanças do órgão, Alexandre Assis de Oliveira, foi exonerado pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Eliseu Padilha no dia 4 de julho. Carlos Augusto de Azevedo continua na presidência do órgão até o momento, mesmo com as inúmeras investigações em curso.

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