Raquel Dodge quer rapidez no julgamento de recurso de Washington Reis no STF

Raquel Dodge quer rapidez no julgamento de recurso de Washington Reis no STFParalisado no Supremo Tribunal Federal (STF) há mais de três meses, o recurso [Embargos de Declaração] de Washington Reis (PMDB) na Ação Penal 618, que o condenou a mais de 7 anos de prisão, agora deverá ser apreciado com rapidez pela 2ª Turma. Ele estava pautado para a última terça-feira (28), porém não houve julgamento. O processo está nas mãos do relator, ministro Dias Toffoli, desde 31 de julho.

 

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, requereu prioridade no julgamento do processo, segundo informação disponibilizada no site do próprio STF nesta quarta-feira (dia 29). O pedido da Procuradora foi feito através da petição número 72425/2017. Na pauta da 2ª Turma, aparece nova data de julgamento: dia 5 de dezembro.

Foto: Jornal Capital Caxias_

AGILIDADE - Enquanto o STF não julga o pedido de embargos, o TRE-RJ demonstra mais celeridade. Em sessão plenária no dia 21 de agosto do ano corrente cassou os diplomas do prefeito de Duque de Caxias (processo TRE-RJ CED nº 0000508-50.2016.6.19.000), Washington Reis (PMDB), e do vice, Marcos Elias Freitas Pessanha Moreira (PRP). A Corte entendeu que, por ter sido condenado por crime ambiental pelo STF (AP618), Reis ficou enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que exige dos candidatos a inexistência de condenação por órgão colegiado. Washington recorreu e em 23 de outubro, o colegiado do TRE manteve a condenação por 6 votos a 0.

A Segunda Turma do STF condenou, no dia 13 de dezembro de 2016, o então deputado federal Washington Reis (PMDB/RJ) a 7 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão, além de pagamento de multa de 67 salários mínimos, pela prática de delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais e na Lei sobre Parcelamento do Solo Urbano. O parlamentar foi condenado por causar dano ambiental a uma área na qual fez um loteamento, em Xerém, no 4º distrito de Duque de Caxias, na época em que era prefeito do município (2005-2008). A área em questão está localizada na zona circundante da Reserva Biológica do Tinguá. As obras foram iniciadas em 2003 e incluíram corte de vegetação em encostas e área de preservação permanente e a terraplanagem em beira de rio, desviando o curso da água, de acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).