Moradores sofrem para obter vagas em cemitérios da Baixada



Foto: Arquivo / Alberto ElloboArranjar vagas para sepultamento de parentes em cemitérios de algumas cidades da Baixada Fluminense está virando uma verdadeira via-crucis. A falta de investimentos por parte do poder público e má gestão parecem ser os principais fatores. Com isso, não tem como dar vazão à demanda e consequentemente provocando sepultamentos fora da região. Em Belford Roxo, por exemplo, a situação é bem crítica no cemitério municipal. As vagas não existem e uma ou outra que aparece é resultado de exumações. O administrador Antonio Alves da Silva, responsável pelo cemitério, admitiu o problema e disse que, com a falta de vaga, as funerárias são obrigadas a buscá-las em outros cemitérios de fora da cidade. Segundo ele, a Prefeitura está estudando a construção de cerca de mil gavetas no entorno da área ocupada pelo cemitério.

Nilópolis é outra cidade onde o problema é crítico. Além da falta de vagas, o abandono do cemitério da cidade, no bairro de Olinda, é notório. Quem o visita vê túmulos descobertos e até restos mortais expostos a céu aberto. O administrador Dangelo Faria informou que não há espaço para túmulos perpétuos e o cemitério “está no limite máximo”. Em Queimados, a Prefeitura suspendeu a abertura de covas até as reformas serem concluídas. Em São João de Meriti, o abandono e a falta de vagas se repetem. No Cemitério São Lázaro, na Venda Velha, o capim toma conta das covas e algumas delas, por serem muito rasas, expõem os caixões.

          

            Em Duque de Caxias, a falta de ampliação dos campos-santos também é um dos principais problemas. São cinco cemitérios hoje administrados pela Prefeitura, depois que a justiça determinou a quebra do monopólio que reinou na cidade por várias décadas. Além da falta de vagas, o Cemitério do Corte Oito, por exemplo, não tem um número adequado de capelas – apenas três comuns e uma vip - o que obriga muitas famílias a realizarem o velório em outro local, como aconteceu na semana passada com a família de uma senhora morta por pneumonia e que, mesmo tendo jazigo perpétuo, teve que fazer o velório na Igreja de Santa Terezinha, no bairro Parque Lafaiete.
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