Dilma lança a plataforma P-56 no Estaleiro BrasFELS

Foto:Roberto Stuckert FilhoFoi realizada sexta-feira (3) no Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis, com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, a cerimônia de batismo da plataforma P-56. Com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, a P-56 operará no Módulo 3 de desenvolvimento do Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Para a presidenta Dilma, a construção significa a geração de empregos de qualidade para a população. “São 56 mil toneladas de aço, mas o que deve nos admirar é que foram braços brasileiros que construíram esta plataforma. O que o Brasil pode produzir será produzido no Brasil. Temos capacidade para isso. Queremos que se produza cada peça no Brasil”, destacou. O presidente Gabrielli reafirmou o compromisso da diretoria de produzir 28 sondas no Brasil. “Nunca produzimos esses equipamentos. Serão sete em Pernambuco. Dentre as outras 21, com certeza algumas serão aqui”, previu. “Vamos promover a criação de estaleiros e estimular a diversificação das atividades”, completou Gabrielli.

Em coletiva prévia realizada no dia anterior, no edifício sede da Petrobras, o gerente de Implementação de Empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro, ressaltou que a P-56 será a quinta unidade na região de Marlim Sul e destacou o crescimento do conteúdo local na construção das novas plataformas: "Tivemos quatro canteiros de obras no estado do Rio de Janeiro. Toda a P-56 foi construída no Brasil, inclusive o casco. "Segundo o gerente do Ativo de Marlim Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, após o batismo, a P-56 será transportada para a Ilha de Bananal, próxima à Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde passará por alguns testes antes de chegar ao campo de Marlim Sul.

A P-56 é uma unidade do tipo semissubmersível e ficará ancorada em local onde a profundidade é de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte em seu território. A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras. O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Para construí-la foram investidos aproximadamente US$ 1,5 bilhão e a obra gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no país.

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