Presidente do Banco Central defende avanços em regras cambiais para a Copa de 2014

Foto: Wilsondias ABrA busca por modernização e simplificação das regras de câmbio e de transferências de dinheiro entre o Brasil e outros países não pode ser feita a qualquer custo. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na abertura do seminário Preparando o Mercado de Câmbio para a Copa 2014 - Câmbio Manual e Transferências de Pequenos Valores. Câmbio manual é a troca, em espécie, de moeda estrangeira por moeda nacional e vice-versa.

Segundo Tombini, é preciso preservar a segurança das operações e equilibrar esse processo com normas para o combate e a prevenção à lavagem de dinheiro. O presidente do BC destacou que é crescente o interesse de estrangeiros em vir ao Brasil devido à atrativos naturais, culturais e ao crescimento da economia brasileira. Por outro lado, a estabilidade da economia e o aumento do poder de compra fazem com que os brasileiros viagem mais ao exterior.

- Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram de forma expressiva na última década - disse. De acordo com Tombini, o aumento das viagens internacionais e de transferências de recursos entre o Brasil e outros países por si só é motivo para revisar as regras cambiais. Além disso, os eventos esportivos previstos para ocorrer no Brasil reforçam essa necessidade para ver o quanto elas estão adequadas “aos novos desafios”. O presidente do BC disse ainda que houve avanços no mercado cambial, como a unificação do mercado de câmbio, em 2005, com “plena liberdade para compra e venda de moeda estrangeira”.

Para Tombini, o processo de estabilização da economia brasileira nos últimos 15 anos e a redução das vulnerabilidades externas permitiram o avanço nos últimos anos do processo de modernização das regras de câmbio no país.