Caravana da Cidadania passa quatro dias em Duque de Caxias

Foto: Jornal Capital Caxias_Josué CardosoCrianças correndo descalças numa vala de esgoto, escassez total de saneamento ou água tratada, muita gente doente, desempregada e sem a devida assistência. Essa foi a situação encontrada pela Caravana da Cidadania do PT-RJ no entorno do antigo lixão de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, desativado no ano passado. No dia 20, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), os deputados federais Jorge Bittar (PT-RJ) e Áureo (PRTB-RJ), o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) e lideranças locais presenciaram a realidade dos ex-catadores de lixo. Ao longo do dia, o grupo ainda visitou o bairro do Pantanal e de Gramacho, onde constatou a precariedade dos serviços prestados. Além dessa visita, o grupo ainda foi ver de perto os bairros Pantanal e Gramacho, onde os moradores reclamam da falta de segurança e de boas escolas, além da questão do saneamento básico, que é uma constante em toda a cidade de Caxias. A Caravava esteve também na Sociedade Lira de Ouro, onde houve um debate com produtores e artistas sobre a ausência de equipamentos culturais em Caxias, principalmente em locais distantes do Centro.

A Caravana conheceu de perto ainda a realidade do transporte ferroviário na manhã de sexta-feira (19), viajando de Parada Angélica, no ramal de Vila Inhomirim, até Saracuruna. Depois, seguiu até a estação do Centro da cidade. Durante a visita, os usuários desse meio puderam mostrar as dificuldades que enfrentam no dia a dia para ir trabalhar ou estudar, com os imensos intervalos entre os trens e a falta de infraestrutura. No restante do dia, o grupo ainda visitou os bairros de Parada Morabi e Pilar, além de conversar com trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e com empresários na Associação Comercial e Industrial de Duque de Caxias sobre o desenvolvimento econômico da região, onde estiveram ainda os deputados federais Áureo e Jorge Bittar, o estadual Geraldo Moreira e  os vereadores MOA, Fabrício e Boquinha,

A edição da Caravana da Cidadania em Duque de Caxias começou quinta-feira (18), com uma plenária na Câmara. Durante o evento, autoridades do partido se reuniram com 12 vereadores e diversas lideranças da Baixada Fluminense para discutir questões essenciais para o desenvolvimento social e econômico da região. A Caravana ficou na cidade até domingo (20) e terá uma segunda fase na próxima semana, dias 26 e 27 de abril, quando também será conhecido o município de Magé.

Lindbergh defende geração de emprego e renda

Em sua passagem por Duque de Caxias, o senador Lindbergh Farias concedeu entrevista exclusiva ao Capital. Ele destacou a necessidade de “uma mudança muito grande na política do Estado, colocando como prioridade a geração de emprego e renda na Baixada Fluminense”. Segundo ele, “Duque de Caxias tem grande potencial, com a Reduc, a Rio Polímeros, o Inmetro. A cidade já é grande e tem que ser um pólo de indústria e comércio, liderando a Baixada em um novo momento para dar uma virada de página”.

- Nossa tarefa aqui vai ser igual a tarefa do presidente Lula, olhar pelas regiões que estão abandonadas, colocá-las como prioridade. Precisamos construir um programa popular para a Baixada Fluminense - ressaltou o senador, afirmando que o transporte público e a segurança foram os assuntos que mais lhe chamaram a atenção. “Duque de Caxias tem uma das maiores taxas de homicídio do estado do Rio de Janeiro. Ela está sofrendo muito, porque com a criação das UPPs, a migração de bandidos é muito forte”.

Perguntado sobre incentivos para empresas, Lindbergh afirmou: “O Estado precisa ter uma política mais organizada com relação a isenções. A coisa foi feita na base da política de atender um amigo ou outro, sem uma estratégia organizada. Quanto à Baixada fluminense, que tem quatro milhões de habitantes, eu acho que a região merece um tratamento diferenciado para instalação de novas empresas. Não pode ser desta forma, você dar apenas para alguns amigos. Tem que ser uma política republicana, que atenda a todos. A região possui 13 municípios e imagina o impacto na vida dessas pessoas com um trabalho organizado. O que aconteceu em Queimados tem que ser generalizado para a Baixada. Acho que essa questão do emprego perto de casa é primordial. Vamos ter agora o Arco Metropolitano. Quando você faz para a nova empresa, você tem que buscar uma forma para compensar a outra que se instalou antes. Por isso que eu acho que falta uma política mais planejada, uma estratégia com relação a esses projetos direcionados para a Baixada”, concluiu.

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