Vereador valoriza parcerias para consolidar confiança dos eleitores

Foto: Alberto ElloboO vereador Marcelo Ferreira Ribeiro, o Marcelo do Seu Dino (PV), em entrevista exclusiva ao Capital, disse que o seu primeiro mandato tem sido uma “grande experiência. Apesar das limitações que enfrentamos, tenho aprendido bastante com as atividades parlamentares”. O vereador enfatizou que tem buscado estabelecer parcerias para levar melhorias para várias localidades do município. “O prefeito Zito tem sido nosso parceiro, pois é também uma pessoa muito preocupada com a população”, assinalou o vereador, que é um micro-empresário e reside no bairro Pilar.

 

- Busco parcerias para fazer a diferença. Estamos conquistando obras importantes, como o CAEP, a construção de uma escola de tempo integral no bairro, a aquisição de uma UTI Móvel para o Posto de Saúde, a limpeza de rios e canais e a instalação de comportas e bombas de recalque para diminuir as conseqüências  das enchentes na região - informou o vereador, citando outros parceiros importantes como o ex-deputado estadual e atual Secretário de Habitação do Município, Marcos Figueiredo, e o senador Marcelo Crivella. “Com a UTI estamos salvando muitas vidas. As comportas já minimizaram os efeitos das chuvas e agora estamos lutando para trazer as bombas. E creio em Deus que vamos conseguir isso com rapidez, através do senador Crivella, que acompanhei a Brasilia e entregamos nossa reivindicação ao governo federal, ao então vice-presidente José Alencar.

 

Antes, a Secretária de Ambiente do Estado, Marilena Ramos, disse que isso não seria possível, segundo o vereador. “Ela chegou a dizer que ficava mais barato levar todos os moradores para a Rua Vieira Souto do que comprar as bombas. Infelizmente, ainda lidamos com pessoas públicas que agem assim”, disse indignado o vereador. “O exercício do meu mandato tem sido assim, transparente e firme. Os dois primeiros anos do mandato foram um aprendizado. Agora, estou abrindo minhas asas para voar mais alto e buscar muito mais para a comunidade”, observou Marcelo.

“Meu mandato é independente, não pertence aos poderosos”

Marcelo do Seu Dino, que é evangélico e policial militar reformado, fez questão de destacar que não entrou para a política para se dar bem, como é comum na vida pública. “Como policial que fui, não me deixei seduzir pela corrupção. E como vereador, faço o mesmo. Quero continuar a olhar meus filhos nos olhos e deixar para eles um dos maiores símbolos de riqueza, que é a honestidade.

Não preciso fazer acertos aqui e ali pois tenho um bom salário para viver, independente da política. Deus meu deu essa bênção”. O vereador diz que o nome Dino incorporado ao seu é uma homenagem ao sogro, já falecido. “Ele era uma pessoa digna, muito querida e respeitada no bairro. Sempre procurou ajudar a todos”. O ingresso na política foi um estímulo do pai. “Ele sempre me dizia que isso iria permitir que eu teria condições de ajudar muitas pessoas. E é isto que procuro fazer. Posso dizer de peito aberto que sou um político independente, não preciso de conchavos. Não preciso de mais nada para mim, quero sempre é servir à população.

Não somente vereador, sou antes de tudo um trabalhador e também quero uma cidade e um país melhores, pois também sou contribuinte”.- Quando chego no bairro, no final do dia, tenho a tranqüilidade de conversar com todos sobre as bandeiras que levantei durante a campanha. E venho a cada dia tentando corresponder cada vez mais à confiança que eles tiveram em mim, que também tive a cada invadida pelas águas - lembrou Marcelo, que destaca também seu trabalho em prol de um melhor atendimento na rede de saúde, assim como faz na educação e na segurança pública. “A saúde pública brasileira está doente, está complicado e pode melhorar muito. Creio que falta empenho de alguns setores e, algumas vezes, vontade política”.

“A Câmara não pode continuar como uma propriedade particular”

As dificuldades que enfrenta dentro do Poder Legislativo, por adotar uma postura que tem a ética e a honestidade como princípios, não são poucas, segundo o vereador. “No biênio passado, fui vice presidente da Comissão de Transportes. Este ano, fizeram um grupo e me tiraram da Comissão, como se isso vá impedir que eu continue lutando por um transporte público mais barato e eficiente. Perguntado o motivo de seu desligamento da Comissão, não soube explicar. “Creio que foi porque entrei com um requerimento pedindo que as empresas fornecessem a planilha de custo das passagens, que justificasse o seu alto custo”. O vereador também foi desligado da Comissão de Finanças. Mas isso não o desanima. “Muito pelo contrário, diz ele. “Não posso virar covarde, baixar a cabeça. Botei Deus na frente do meu trabalho e vou em frente. Continuo vereador, meu mandato eles não podem tirar. Fui eleito para defender a população e não a manutenção de feudos” fez questão de ressaltar Marcelo do Seu Dino, acrescentando: “Vou cobrar muito da atual Comissão, podem ter certeza disso. Represento o povo, não os donos das empresas. Fui eleito pela população, não por eles”.

Sobre a desgastada imagem da Câmara com tantos episódios negativos que chegaram às páginas dos jornais e os noticiários de rádio e televisão, nos últimos meses, Marcelo do Seu Dino disse que a atual mesa que a dirige é conduzida por “um ditador”, referindo-se ao presidente Dalmar Lírio de Almeida, o Mazinho. “Já falei isso para ele”, informou o vereador, que prosseguiu: “A Mesa não se entende, um diz que foi A quem negou o Plenário para a posse do Secretário Marcos Figueiredo, o outro diz que foi B e ninguém assume. Ninguém se entende’. Ao comentar a demora da presidência em se manifestar sobre a prisão de dois vereadores em dezembro, sob acusação de vários crimes, “A respeitabilidade da Câmara não pode ficar abalada. O presidente, como líder da Casa, tem obrigação de se pronunciar, em respeito à opinião pública. Até que a justiça venha a se pronunciar, o presidente tinha que fazer a defesa da Casa, cuja imagem estava sendo atingida. Respeitamos os colegas mas temos que respeitar também os contribuintes. O afastamento dos dois colegas, somente agora, foi uma decisão tardia. Mas pelo menos estamos andando”, observou.

- Volto a afirmar. A Câmara é uma casa do povo, não do presidente, não dos vereadores. Aquela Resolução que homenageia um vereador preso, por exemplo, foi muito grave o que aconteceu. Uma vereadora fez a proposta muito antes da prisão e o assunto, porém, não entrou na ordem do dia. Depois aparece como aprovada, promulgada e publicada, como se fosse uma decisão que tomamos. E aí eu pergunto: será que isso pode significar que muitas outras coisas podem passar assim? Isso nos deixou, de certa forma, mais atentos. Repito: foi muito grave o que aconteceu. E digo mais: votei na reeleição do presidente. Estou arrependido? Sim, estou. Errar é humano, o que não podemos é continuar errando. Se e eleição fosse hoje, posso afirmar de cadeira: Mazinho não seria reeleito. As coisas estão meio bagunçadas, falta até material para os nossos gabinetes funcionarem a contento. Não sou mais o mesmo Marcelo que entrou aqui cego. Os dois primeiros anos foram um verdadeiro vestibular. Hoje sei como muitas coisas funcionam”.

Sobre o “festival de CPIS” que chegou a ser anunciado em discursos nas sessões, Marcelo do Seu Dino diz “não se pode falar em CPI como se isso fosse algo corriqueiro. CPI é coisa séria, não pode ser usada como arma para amedrontar alguém. Com todo o respeito pelos colegas, muitos discursos são levianos, com denúncias infundadas. Não posso ser irresponsável, chegar na tribuna e falar o que quero. Sou vereador pé no chão. Minha visão é diferente, não posso ser hipócrita, pois tenho responsabilidade com o meu mandato e com a população. Meu termômetro é o povo. Chegar e fazer um discurso de oposição é fácil. Quero ver é fazer, buscar atalhos, parcerias, dando respostas concretas ao eleitor”, concluiu Marcelo do Seu Dino

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