Inaugurado em 2009, mergulhão terá reforma de R$ 1,5 milhão

O governo do Estado e a Cia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) vão promover a reforma e recuperação do mergulhão no centro de Duque de Caxias, que está fechado desde o final do ano passado.Inaugurada em abril de 2009 pelo governador Sérgio Cabral, a passagem subterrânea foi construída para facilitar o acesso da população no centro da cidade, cortado por linha férrea.

Sua construção, que custou cerca de R$ 40 milhões, foi anunciada na época como a mais moderna e arrojada passagem subterrânea do Estado. Somente no mês de junho último que a Secretaria Estadual de Transportes admitiu que houve um erro de projeto na construção. Os recursos para a obra foram divididos entre Governo do Estado (68%) e o Banco Mundial (32%).

A obra, porém, nunca funcionou em sua totalidade. Várias foram as promessas de reabertura do local mas as mesmas não aconteceram. As obras de reforma agora anunciadas tem valor previsto de R$ 1.479.915,25 e deverão durar cerca de quatro meses, segundo informam as placas que foram colocadas no local início da semana. A empresa Hidrotécnica Engenharia Ltda é responsável pela reforma.

ABANDONO - Após ser inaugurado em abril de 2009, o mergulhão vem sendo alvo de muitas críticas dos usuários, publicadas em inúmeros órgãos de imprensa. Nesses três anos e meio de funcionamento, ele teve o acesso interrompido várias vezes, até que as portas fecharam de vez no final do ano passado. Seu fechamento obrigou a transferência de um balcão do Sistema Nacional de Empregos (Sine) para o distrito de Imbariê, prejudicando os desempregados. Mesmo não fazendo parte do mergulhão, as escadas rolantes que dão acesso à estação ferroviária também estão paradas há vários meses, obrigando os usuários a subirem por escadas e rampas.

            A passagem, bastante deteriorada por infiltrações e abandono, acabou virando depósito de lixo e de água parada. “Pelo jeito, isso aqui foi uma verdadeira obra de fachada e que não tem utilidade alguma para a população”, disse revoltado o vendedor Alberto Cerqueira, que diariamente tem que atravessar a estação para o lado do Centro Cultural Oscar Niemeyer.

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