Aterro do Jardim Gramacho fecha depois de três décadas e meia

Foto: jornal capital caxiasO Aterro Sanitário de Gramacho, - na verdade um lixão a céu aberto - foi fechado domingo (3). No local será construída uma usina de Biogás, que vai ajudar no desenvolvimento sustentável da região. O fechamento, em clima de festa, teve as presenças da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e de centenas de catadores que durante décadas trabalharam na coleta do lixo no local. O aterro foi implantado no município em meados da década de 70, quando a cidade ainda era “área de segurança nacional” e, portanto, impedida de eleger prefeito, sendo este nomeado pelo governo do Estado. A partir de agora, o lixo que era levado para Gramacho será depositado na Central de Tratamento de Resíduos (CTR Rio) em Seropédica, na região metropolitana, considerado o mais moderno da América Latina.

A ministra disse que o fechamento é mais um passo importante para acabar, até 2014, com todos os lixões, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Nós estamos trabalhando duro para isso. Agora, lembro que a responsabilidade é dos prefeitos. É um desafio imenso. Vocês devem ter observado que a Marcha dos Prefeitos este ano, em Brasília, trouxe os resíduos sólidos como tema central das prefeituras. Eu acho que durante o debate das eleições esse tema virá para a mesa [de negociação], e nós temos que buscar o compromisso de erradicarmos e solucionarmos a questão do lixo em relação aquilo que a lei estabelece”, disse.

Eduardo Paes declarou que a prefeitura do Rio, ao fechar o Aterro Sanitário de Gramacho, encerrou hoje o crime ambiental que cometia contra a Baía de Guanabara e contra o município de Duque de Caxias. “A prefeitura do Rio vem sendo criminosa há 30 anos depositando os resíduos sólidos da cidade em outro município e às margens da Baía de Guanabara. Para nós é uma vitória muito importante deixar de cometer esse crime ambiental na cidade”, destacou.

O Secretário de Meio Ambiente do município, Samuel Maia, falou sobre o projeto que já existe desde 2011 para revitalizar o bairro. “A Prefeitura já está conversando com o INEA, que deverá financiar a reforma, para a construção de ciclovias, centros de esporte e lazer e do Parque Municipal da Cidade, uma grande área de interesse ecológico”, afirmou, destacando ainda o polo tecnológico, as arenas esportivas, que deverão ser construídas em cada distrito e poderão ser utilizadas para eventos, e o Centro de Educação Ambiental, que será construído no Parque Equitativa para estudo e pesquisa.

Os catadores que trabalhavam no aterro começaram a receber, desde sexta-feira (1º), o cartão da Caixa. Ele permitirá que cada catador retira os R$ 14 mil de indenização a que têm direito.

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