Justiça poderá afastar prefeito interino de Magé

A temperatura política no município de Magé continua bastante alta. Depois da saída da Prefeita Núbia Cozzolino, por ordem judicial, em setembro de 2009 e agora em dezembro, o afastamento de seu substituto, o vice Rozan Gomes, o prefeito interino Anderson Cozzolino - o Dinho - também está ameaçado de deixar o cargo, uma vez que é réu em uma ação.

O processo diz respeito a uma ação civil pública ajuizada em julho do ano passado pelo Ministério Público, contra Dinho (então presidente da Câmara) e ao diretor da Casa, Manoel Pinto, acusados de adulterar atas de sessões para ocultar uma carta de renúncia da então prefeita Núbia, irmã de Dinho.Oficiais de Justiça cumpriram um mandato de busca e apreensão na Câmara, em maio de 2010, e apreenderam o livro protocolo da Casa, atas da sessões legislativa e microcomputadores. A busca e apreensão teve como base denúncias do vereador Álvaro Alencar.

Na época, Núbia estava afastada da prefeitura por determinação da Justiça, em função da apuração da Operação Uniforme Fantasma. O prefeito interino, Anderson Cozzolino, segundo o Ministério Público, está envolvido em fraudes em dois contratos que somam cerca de R$ 23 milhões. Uma das testemunhas ouvidas pelo MP, o comerciante Yacemir de Oliveira Fernandes, de 34 anos, conhecido como Branco e Fernandes, peça-chave na apuração do MP, foi executado dia 29 de dezembro último, com tiro de fuzil em São Cristóvão. A relação do assassinato com a investigação do MP virou alvo de inquérito na Divisão de Homicídios (DH).