Presidenta diz que vai adotar medidas reduzir carga tributária

Foto: jornal capital caxias_Roberto Stuckert Filho-Presidncia da RepblicaA presidenta Dilma Rousseff disse em Nova Delhi, na Índia, no último dia 29, reconhecer que o Brasil tem uma carga tributária alta e assegurou que durante seu governo tomará as medidas possíveis para reduzi-la. Dilma reiterou que na próxima semana vai anunciar um conjunto de medidas financeiras e tributárias para assegurar maior capacidade de investimento à indústria. Segundo a presidenta, o governo tomará medidas pontuais, enquanto não é possível fazer uma reforma tributária ampla. “Tenho plena consciência que o Brasil precisa reduzir sua carga tributária. Por ter vários interesses envolvidos na questão de uma reforma tributária, até julgo que pode ter um momento no futuro que possa ser possível encaminhar uma reforma global. O que tenho tomado são medidas pontuais que permitam que, no conjunto, se crie uma desoneração maior nos tributos, o que é fundamental para o país crescer”, disse em entrevista a jornalistas.

Como forma de impulsionar o crescimento do país, a presidenta reiterou a necessidade de aumentar os investimentos do governo e os privados. “Independentemente de qual taxa de investimento temos hoje, vamos ter que fazer um esforço muito grande para ela chegar a 24% [do Produto Interno Bruto]”, disse. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa está em 19,3%. Dilma chegou na terça-feira (27) à Índia, onde fica até sábado (31) para participar da 4ª Cúpula do Brics – bloco que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul. Nas encontros compareceram, além de Dilma, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Hu Jintao (China), Dmitri Medvedev (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul).

Até o fechamento da edição, Dilma Rousseff presidia reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Palácio do Planalto.

Comércio entre Brasil e Índia deverá

alcançar US$ 15 bilhões até 2015

Em busca da ampliação das relações comerciais e econômicas, os governos do Brasil e da Índia adotaram uma parceria estratégica que engloba saúde, educação, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, programas sociais e ambientais. No penúltimo dia de visita a Nova Delhi, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff disse dia 30 que o objetivo é aumentar o valor negociado de US$ 9,12 bilhões, em 2011, para US$ 15 bilhões, até 2015.  A presidenta disse que Brasil e Índia passam por uma nova fase de desenvolvimento. “[Temos de lutar para] criar um corredor [de desenvolvimento] de tal forma que possamos nos orgulhar de ter iniciado uma nova era”, disse Dilma, após reunião com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Em seguida, Dilma acrescentou que o Brasil considera a Índia um parceiro indispensável e essencial para o futuro. “Os países emergentes são os grandes responsáveis pelo crescimento da economia mundial”, disse. “Temos muito o que dialogar nas áreas de políticas sociais e científicas.” A presidenta elogiou as pesquisas nas áreas química e de medicamentos na Índia. Ela lembrou que no Brasil o esforço é para melhorar a qualidade do atendimento da saúde pública, o que depende também da distribuição de medicamentos. Segundo Dilma, a parceria se estende ainda à venda de aeronaves com radar do Brasil para a Índia.

Dilma reiterou que no Brasil há pelo menos 33 indústrias de capital indiano. De acordo com ela, a cooperação deve reunir os setores público e privado de ambos os países. A presidenta destacou que as relações entre as duas nações são antigas, remetem ao período da colonização portuguesa no Brasil. “As cores da Índia contagiam o imaginário do Brasil”, disse a presidenta, destacando que brasileiros e indianos têm várias afinidades e desafios comuns. Dilma reiterou que os dois países lutam para combater a pobreza e garantir a inclusão social dos desfavorecidos. 

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