Secretário espera que volatilidade cambial se ajuste

Foto: jornal capital caxias_Fabio Rodrigues Pozzebom-ABrO governo brasileiro está convicto de que o regime de câmbio flutuante ainda é a melhor estratégia adotada na economia brasileira e nem cogita debater o assunto como defendem alguns segmentos do setor empresarial, conforme deixou claro sexta-feira (23) o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele participou nesta sexta-feira do seminário Crescimento com Estabilidade - Novo Desenvolvimentismo no Brasil, promovido pela Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

Ele disse que a equipe econômica está atenta para evitar um desequilíbrio que possa vir a prejudicar o desempenho da economia do país. Mas, embora admita que o real ainda está valorizado diante do dólar, Barbosa pondera que a cotação em R$ 1,80 já contribuiu para diminuir a perda de competitividade da indústria de transformação. “Nós não temos uma meta para a taxa de câmbio”, afirmou Barbosa, para quem um ajuste mais adequado ao dia a dia das empresas deve ocorrer a partir de uma combinação entre medidas de incentivos à produção e da própria dinâmica do mercado internacional. “A volatilidade é um tema que preocupa o governo, pois influencia as decisões de investimentos e de precificação.”

Barbosa disse que há a expectativa dessa volatilidade diminuir diante da estabilização de preços das commodities e também devido à medida do governo de elevar de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir do último dia 12, para ingresso de recursos no país (empréstimos externos).

Recuo da inflação para o centro da meta

O secretário que todas as expectativas estão convergindo para que a inflação feche o ano abaixo dos 5%, atingindo a meta estabelecida que é de 4,5% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nelson Barbosa deu a declaração logo após participar de um encontro internacional sobre crescimento sustentado da economia, na Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP). Perguntado sobre a possibilidade de o governo alterar as regras em torno dos depósitos em cadernetas de poupança, em razão da gradual queda na taxa básica de juros, a Selic, que tornaria menos rentáveis os investimentos no mercado financeiro por causa da incidência do Imposto de Renda, o secretário reiterou que o assunto não está em pauta no governo.

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