Agências da Caixa voltam a fazer atendimento presencial em Caxias

Foto: jornal capital caxias_Josué CardosoA greve dos vigilantes do Estado do Rio de Janeiro, que começou no Estado do Rio na segunda-feira (12), provocou a suspensão no atendimento presencial das principais agências bancárias na Baixada Fluminense. Porém, o atendimento começou a se normalizar nas agências da Caixa em Duque de Caxias, conforme constatou a reportagem do Capital. Ao todo, a Caixa conta com cinco agências no município. Os outros bancos, porém, continuam operando apenas com os caixas eletrônicos.

Uma denúncia chegou ao conhecimento do jornal, de um empresário, que ficou impossibilitado de fazer um depósito judicial, que obrigatoriamente deveria ser feito na Caixa, onde é correntista. Outros usuários também foram prejudicados com a greve, pois não puderam recolher contribuições trabalhistas obrigatórias. Também houveram denúncias de correntistas que ficaram impossibilitados de utilizar as máquinas de auto atendimento. “Os atendentes mandavam a gente se dirigir às lotéricas mas lá só aceitavam no máximo R$ 1.000. Depósitos em cheques não eram recebidos na agências e nem nas lotéricas”, se queixou um contador que pediu para não ser identificado.

Na agência Grande Rio, localizada na avenida Presidente Vargas, em frente ao “Mergulhão”, o gerente André Rodrigues informou que a agência voltou a operar desde a última sexta-feira (16). “Estamos funcionamento mesmo sem o término da greve dos vigilantes bancários. Antes, não podíamos abrir a agência, pois não contávamos com segurança e o atendimento envolve operação com dinheiro vivo”, observou o gerente. Indagado se haveria alguma compensação para compromissos que não puderam ser saldados em função da greve, como depósitos, por exemplo, André Rodrigues disse que “em princípio, não, pois havia meios alternativos para isso, como casas lotéricas e uma ou outra agência em funcionamento”, sem informar, porém, qual ou quais faziam tais operações. Segundo André, mesmo com a greve, ele e sua equipe faziam triagem na parte externa da agência, solucionando problemas diversos, desde que não fossem em espécie, e evitando que o cliente voltasse para casa sem atendimento. A agência, segundo ele, atende em média 500 pessoas por dia.  

A greve dos vigilantes bancários teve início na semana passada. Esta é, nos últimos anos, a primeira grande paralisação da categoria, que conta com cerca de 70 mil profissionais. Os vigilantes reivindicam reajuste salarial de 2%, reposição da inflação de 2011, plano de saúde, aumento do auxílio alimentação para R$ 16,50 e melhoria da bonificação por risco de vida, que hoje é de apenas 8%. Segundo os sindicalistas, o Rio tem o oitavo pior salário do país.