Maricá é referência no atendimento à pessoas com Transtorno do Espectro Autista

Município possui dois equipamentos para atender gratuitamente pessoas autistas e com deficiência: a Casa do Autista e o Centro de Reabilitação

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social, possui dois equipamentos para atender gratuitamente pessoas autistas e com deficiência: a Casa do Autista e o Centro de Reabilitação, respectivamente.

Os espaços possuem 14 salas de atendimento, e acolhem pessoas a partir de 12 anos, dispondo de diversos serviços como Fisioterapia, fonoaudiologia, psicólogo, arte e terapia, musicoterapia, psicomotricidade, terapia ocupacional, integração sensorial, Nutricionista, pedagogia, Pilates, acupuntura e auriculoterapia.

O serviço de acolhimento aos autistas em idade adulta é raro no Brasil e Maricá é um dos poucos municípios com equipamento público voltado a essa população. Atualmente, 350 pessoas são atendidas ou passam por avaliações na Casa do Autista, entre consultas presenciais e também nas residências.

Maria Cecília Fernandes, coordenadora da Casa do Autista, reforça o papel das estruturas públicas para a inserção social das pessoas com deficiência, que avança em Maricá.

“Esse é um equipamento único no estado do Rio de Janeiro que atende totalmente de forma gratuita por conta do município que oferece atendimento multidisciplinar aos adultos autistas ou com deficiências físicas e mobilidade reduzida. Através da evolução da ciência, muitas estão Os adolescentes que eram atendidos pelo Serviço de Atendimento de Reabilitação Especial de Maricá (SAREM) estão migrando progressivamente para a Casa do Autista, otimizando os serviços oferecidos e diminuindo a fila de espera”, afirmou.

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Casa do Autista estimula a autonomia com atividades lúdicas

Serviço de referência, a Casa do Autista possui atividades de avaliação, estímulo, e reinserção ao convívio social, com orientação aos familiares e integração às dinâmicas coletivas. O objetivo principal do equipamento é trazer autonomia às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de abordagens profissionais diferenciadas, incluindo terapias que utilizam música, leitura, arte e estímulos sensoriais.

Marco Aurélio, é pai de Caio Nascimento, de 18 anos, jovem autista atendido no espaço. Ele destaca a importância do acompanhamento contínuo feito no município, que ganha agora maior estrutura e especialidades. “Meu filho é atendido desde os 13 anos de idade, e continua sendo acompanhado por profissionais aqui na Casa. Todas as atividades que ele faz são muito importantes e auxiliam bastante na evolução. Todo o atendimento durante esse tempo foi essencial e a estrutura que Maricá oferece é muito boa”, disse o morador de Itaipuaçu.