Tumulto na vacinação: Duque de Caxias pode ser alvo de nova ação judicial

Idosos têm relatado dificuldades para receber a segunda dose da vacina dentro do prazo

O prefeito Washington Reis e do Secretário Municipal de Saúde já foram intimados a seguir o PNI em outra ação judicial

A Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pode ser novamente acionada pela Justiça por causa da sua tumultuada campanha de vacinação contra a covid-19. O pedido já foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, após repetidas cenas de aglomeração de idosos em filas para a imunização, que muitas vezes não acontece.

 

Desde o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus, a população da cidade tem enfrentado problemas para ter acesso ao imunizante, por causa da estratégia adotada pela Prefeitura, de convocar um público-alvo muito maior do que as doses disponíveis. E como elas só estão sendo aplicadas em praças e outros locais públicos, e não nos postos de saúde, a procura tem causado muita confusão. Por diversas vezes, idosos passaram a madrugada aguardando em frente a esses postos.

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Nos últimos dias, idosos também tem relatado dificuldades para receber a segunda dose da vacina dentro do prazo.

O Ministério Público argumenta ainda que o município de Duque de Caxias não está seguindo o Plano Nacional de Imunização, apesar do prefeito Washington Reis e do Secretário Municipal de Saúde, Antônio Manoel de Oliveira, já terem sido intimados a fazer isso em outra ação judicial.

Na quarta-feira (21/4), por exemplo, a Prefeitura convocou todos os moradores com mais de 57 anos para se vacinar. No entanto, o Ministério da Saúde preconiza que menores de 60 anos só podem receber as doses neste momento se fizerem parte de algum grupo prioritário, como o de pessoas com comorbidades ou profissionais de setores essenciais.

Além disso, o MP também pede que a Justiça obrigue a cidade a cumprir as orientações do Programa Nacional de Imunização, no que se refere à reserva de doses para a segunda aplicação.

A Prefeitura de Duque de Caxias afirmou em nota que o pedido ainda não foi apreciado pela justiça e que, portanto, a Procuradoria Geral do Município só irá se pronunciar quando for formalmente intimada. (Agência Brasil)

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