Comissão da Verdade dará ênfase a audiências públicas

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Com o prazo para encerrar os trabalhos prorrogados para dezembro de 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) deve repetir no próximo ano procedimentos que deram mais transparência às suas atividades. De acordo com Rosa Cardoso, integrante da comissão, o primeiro trimestre de 2014 será marcado pelas audiências públicas. "Nós temos que fazer ainda algumas grandes audiências que vão ser bastante pedagógicas para a sociedade e que vão nos possibilitar fazer relatos bastante minuciosos," disse Rosa à Agência Brasil. “No mês de março, teremos ainda várias atividades repensando o golpe de 64", destacou.

 Entre os temas que serão tratados durante as audiências que já foram agendadas estão a Casa da Morte, em Petrópolis; o Caso Riocentro; a Guerrilha do Araguaia; e a participação de empresários no financiamento de operações de repressão da ditadura. A Casa da Morte é o nome pelo qual ficou conhecido um centro clandestino de tortura, criado pelos órgãos de repressão da ditadura militar brasileira em Petrópolis (RJ). O local só se tornou conhecido devido às denúncias da militante comunista Inês Etienne Romeu, única sobrevivente do local.

A expectativa é que a fase das investigações termine no segundo trimestre do ano que vem. Mas a comissão não descarta a possibilidade de tomar mais depoimentos até novembro. O trabalho também deve incluir audiências públicas para definir as recomendações no relatório final do colegiado. "Nós trabalhamos muito nos grupos, fizemos essas audiências, colhemos muitos depoimentos e, antes de terminar este ano, começamos a trabalhar no nosso relatório. Esse relatório, nós já discutimos qual é o foco dele. Ele é uma história da violência dos agentes públicos brasileiros, no período de 46 a 88", pontuou. A CNV está dividida, no entanto, sobre a inclusão no relatório de um pedido de revisão da Lei de Anistia. (Agência Brasil)

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