Visão metropolitana

Não basta encontrar o melhor modelo e aplicar. Orquestrar ações que ultrapassam as fronteiras entre os municípios é uma arte em eterna revisão. É preciso um espaço, liderado pelo governo do estado, que faça esta coordenação. Atualmente existem no Brasil 41 Regiões Metropolitanas instituídas. Elas concentram 84 milhões de habitantes (46% da população brasileira) e mais de 50% da receita municipal. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) é a única que, embora institucionalizada, ainda não possui órgão gestor. Também não basta simplesmente criar mais uma estrutura de governo. Ela precisa de poder e legitimidade para empreender ações.

Criar uma cultura entre os prefeitos de resolver problemas comuns sentados em uma mesma mesa não é tarefa trivial. Os Diálogos Metropolitanos – série de encontros promovida pelo Comitê Rio Metrópole, instituído pelo governador Sérgio Cabral para formatar um modelo de governança – tem aprofundado o tema. A terceira edição foi realizada em parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho e debateu os alicerces desta coordenação e como ela avança em outros estados e no Congresso Nacional, com o Estatuto da Metrópole.

Mas ainda há um longo caminho pela frente e outras visões que devem ser acrescentadas a este grande caldo dos Diálogos para ajudar a formatar o modelo institucional fluminense. Se não incluirmos as universidades e o seu potencial inovativo, através dos parques tecnológicos e incubadoras (que se concentram na RMRJ) ao lado da questão ambiental, que já está prevista, dificilmente avançaremos.

A tentativa de fazer florescer este modelo a partir de uma reflexão aberta é louvável. Mas é preciso fazê-la ecoar, dar-lhe força ainda no nascedouro e reunir a inteligência formada pelos nossos empresários, pelas universidades à força do Governo para que ela se consolide.

MEDCOR Exames Cardiológicos
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