Manutenção da taxa Selic é acertada, diz Firjan

O quadro econômico brasileiro permanece inalterado: baixo crescimento, elevado desemprego e inflação dentro das metas estabelecidas. Diante disso, a Firjan considera acertada a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros em 6,50% ao ano.

A agenda de reformas será decisiva para o desempenho da economia em 2019 e nos próximos anos. A reforma da previdência é especialmente necessária ao equilíbrio das contas públicas e à retomada do crescimento com inflação e juros baixos.

 Para a FecomercioSP o Banco Central manteve a Selic em 6,5%, em consonância com momento de incertezas

 

Segundo a Federação, a instituição agiu com cautela no aguardo de que as reformas sejam aprovadas ou, ao menos, bem encaminhadas. Foi a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano e o Banco Central (BC) manteve, mais uma vez, a Selic em 6,5%, o mesmo desde o fim do ciclo de quedas, em março de 2018.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), não era de se esperar que houvesse uma ação distinta do Banco Central, e a medida é totalmente justificada para o momento, apesar de a inflação se mostrar mais controlada do que o previsto; o câmbio, um pouco mais valorizado; e de haver boas perspectivas para aprovação de reformas – em especial, a da Previdência –, nada está de fato garantido.

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses é menor do que 4%, e o projetado está abaixo desse patamar. Nessa perspectiva, o Banco Central teria condições de reduzir juros, mas agiu com cautela, justificada pelo momento de incertezas.

A FecomercioSP espera que no médio prazo – com as reformas aprovadas ou, ao menos, bem encaminhadas – o País termine de fazer seu ajuste fiscal, permitindo não só a queda mais acentuada de juros, como também a recuperação de emprego, renda, consumo e produção. Caso contrário, o cenário pode se inverter, exigindo ciclos indesejáveis de alta de juros.