Deputado de Duque de Caxias, Celso Pansera assumirá Ministério da Ciência e Tecnologia

 

 

 DSC03231 Celso Pansera Jornal Capital Mercado e Negócios Marcelo Cunha           Exercendo o primeiro mandato de deputado federal pelo PMDB-RJ, Celso Pansera vai assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Seu nome foi confirmado na manhã desta sexta-feira (2) pela presidenta Dilma Rousseff em Brasília, em solenidade que anunciou um conjunto de medidas administrativas para reduzir os gastos do governo, como a redução do número de ministérios, corte de 3 mil cargos comissionados e redução de salários dos ministros

. Segundo a presidenta, será feiuta a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios, a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, o corte de 10% na remuneração dos ministros e a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviço.

A presidenta anunciou ainda a definição de metas de eficiência no uso de água e energia e o corte de 3 mil cargos em comissão. Outro anúncio foi a redução em até 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços terceirizados tornando obrigatória a criação de uma central de automóveis com intuito de reduzir e otimizar a frota que atende aos ministérios.

- Com essas iniciativas, que terão que ser reforçadas permanentemente, queremos contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda. Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento - disse a presidenta. "Vai propiciar, portanto, o reequilíbrio fiscal, o controle da inflação e consolidar a estabilidade macroeconômica aumentando a confiança na economia”, completou.

Presidente da OAB-RJ considera reforma ministerial positiva e corajosa

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz, disse ser positiva e corajosa a reforma ministerial anunciada hoje (2) pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a redução de oito pastas foi uma medida salutar. “O Estado estava hipertrofiado (tamanho aumentado), com ministérios que não se justificavam”. A reforma indicou que o status de ministro gera claros aumentos de gastos.

De acordo com Santa Cruz, a reforma é importante e ocorre na hora certa, porque a sociedade estava esperando, da parte do governo, sacrifícios e, principalmente, corte de cargos comissionados, “visto que o funcionário de carreira pagará um preço pela crise econômica, provavelmente com períodos sem aumento, com dificuldades”.

Para o presidente da OAB-RJ, é importante que cargos comissionados também sejam atingidos de forma mais direta que os de carreira, que, segundo ele, são fundamentais para a máquina do Estado. Entre as medidas divulgadas estão a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios e o corte de 3 mil cargos em comissão. (Agência Brasil)

Os novos ministros

Celso Pansera, que assumirá o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, entra para a história de Duque de Caxias como o primeiro político a alcançar, como ministro, o primeiro escalão do Governo Federal. É graduado em Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pós-graduado em Supervisão Escolar. Em 1992, fundou a Frente Revolucionária, embrião do futuro PSTU. Em 2001, filiou-se ao PSB e passou a fazer parte da Executiva Municipal do partido em Duque de Caxias Em 2007, assumiu uma diretoria na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e, no início de 2009, tornou-se presidente da Faetec, onde ficou até 2014.  Em seu primeiro mandato como deputado federal (PMDB-RJ), Pansera é presidente da Comissão Especial de Crise Hídrica do Brasil, membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, além de suplente na Comissão de Educação.

Celso Pansera foi eleito deputado federal com 58.535 votos. Em entrevista exclusiva concedida ao Capital antes de assumir seu mandato como deputado federal, avaliou sua campanha como “muito positiva”, uma vez que foi desenvolvida em cima de propostas políticas. “Minhas bandeiras era o ensino técnico, a qualificação profissional, a luta contra o serviço militar obrigatório e pela profissionalização das forças armadas, além de sustentar a necessidade do País aperfeiçoar a democracia, adotando, por exemplo, o voto facultativo”, relembrou, observando que foi às ruas levando os nomes de seus candidatos majoritários, que foram a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). “Mesmo tendo terminado o primeiro turno, continuamos nas ruas defendendo esses nomes. Sempre estivemos convencidos de que o melhor político é aquele que faz política transparente, dizendo aquilo que pensa, mostrando as propostas com clareza, com identidade profunda com o eleitor. E nosso recado foi compreendido”, assinalou. Disse ainda que já havia visitado por duas vezes alguns ministérios, entre eles o da Educação e de Ciência e Tecnologia, “pois são ministérios que tem ações voltadas ao ensino e promoção de inúmeros cursos, criação de ensino técnico e a questão da internet grátis”.

Celso Pansera deverá tomar posse na próxima semana. Por telefone após o anúncio feito pela presidenta Dilma, disse ao Capital que está preparado para assumir a pasta.  “Estou muito honrado com o convite de assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. É uma área que adquiri conhecimento e pude implementar muitas ações no Estado do Rio, quando presidi a Faetec durante mais de cinco anos" - lembrou.

 

ALDO REBELO - Ministério da Defesa 

Escritor e jornalista,foi eleito seis vezes deputado federal por São Paulo pelo PCdoB. Foi presidente da Câmara dos Deputados e líder do governo e do PCdoB na Câmara. Em 2009, foi relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro e da Lei de Biossegurança. Aldo Rebelo foi nomeado ministro do Esporte em outubro de 2011. Permaneceu no cargo até dezembro de 2014. Coordenou a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Em dezembro de 2014, Rebelo foi indicado pela presidenta da República Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

ALOIZIO MERCADANTE - Ministério da Educação

Deixa a Casa Civil. Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Ciência Econômica e doutor em Teoria Econômica, é professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Unicamp. Filiado ao PT, foi eleito deputado federal em dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003) e senador da República (2003-2011). Em 2006, foi candidato ao governo de São Paulo. Ocupou o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012 e da Educação entre 2012 e 2014. Deixou o Ministério da Educação para assumir a Casa Civil.

 

ANDRÉ FIGUEIREDO - Ministério das Comunicações

É deputado federal pelo PDT do Ceará, eleito em 2014, mas já exerceu o cargo de 2003 a 2007 e de 2011 a 2015. Natural de Fortaleza, é advogado e economista. Filiou-se ao PDT em 1984 e entrou na vida pública em 1994 como subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Ceará. Também foi secretário do Esporte e Juventude do estado de 2003 a 2004. No Ministério do Trabalho e Emprego foi assessor especial em 2007 e secretário executivo de 2007 a 2010.

 

HELDER BARBALHO - Secretaria de Portos

É filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), um dos caciques do partido, e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth. Já foi vereador, deputado estadual e prefeito de Ananindeua (PA). Desde janeiro deste ano, ele ocupa o cargo de ministro da Secretaria de Pesca e Aquicultura. Natural de Belém, Helder tentou eleger-se governador do Pará pela primeira vez em 2014, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB). Formado em Administração, começou a carreira política há 15 anos, quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, com 4,2 mil votos. Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua. Helder é casado com a advogada Daniela Lima Barbalho e tem três filhos. É o presidente em exercício do PMDB no Pará.

 

JAQUES WAGNER - Casa Civil

Iniciou sua militância na capital carioca no final dos anos 60, quando presidiu o diretório acadêmico da faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Vive em Salvador desde 1974, onde iniciou sua carreira profissional na indústria petroquímica. Foi deputado federal pelo estado por três vezes (1990-2002) e governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014). Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi Ministro do Trabalho e Emprego (2003), da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (2004 -2005) e do Ministério das Relações Institucionais (2005-2006).

 

MARCELO CASTRO - Ministério da Saúde

É formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí e doutor em psiquiatria. Filiado ao PMDB, construiu carreira política no Piauí e está no quinto mandato de deputado federal. É o atual presidente da executiva estadual do PMDB. Foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Ocupou a presidência do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí e foi secretário de Agricultura do estado. Neste ano, foi relator da Comissão Especial para a Reforma Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu parlamentares e especialistas para elaborar um relatório com a proposta de reforma política.

MIGUEL ROSSETTO - Ministério do Trabalho e Previdência Social

É formado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Foi vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra, e deputado federal pelo PT em 1994.

Em 2003, foi nomeado para o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto deixou o governo para tentar uma vaga no Senado, mas não foi eleito. Dois anos depois, assumiu a presidência da Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras. Em março de 2014, foi nomeado novamente ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em setembro do mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a reeleição de Dilma. No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff assumiu a Secretaria-Geral da Presidência da República.

NILMA LINO GOMES - Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos

Natural de Belo Horizonte, é pedagoga, professora Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora das áreas de Educação e Diversidade Étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro. Foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Também integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, onde participou da comissão técnica nacional de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros. Estava no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República

RICARDO BERZOINI - Secretaria de Governo

Bancário, iniciou sua militância no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 1985. Foi fundador e primeiro presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Eleito deputado federal pelo PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no final de 2005, foi eleito presidente nacional do partido. Em 2007, foi reeleito presidente nacional do PT. No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro da Previdência Social (2003-2004), quando esteve à frente da reforma da Previdência, e depois assumiu a pasta do Trabalho e Emprego (2004-2005). Na gestão da presidenta Dilma Rousseff foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (2014). Berzoini tomou posse como ministro das Comunicações no início de 2015.