Arco Metropolitano deve criar 800 mil empregos em 15 anos

Foto: SCERJ/Marino AzevedoO governador Sérgio Cabral participou da abertura do seminário “Arco Metropolitano: Um novo marco no Desenvolvimento Metropolitano”, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro-Firjan, segunda-feira (18) e organizado pela Secretaria Estadual de Obras e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do encontro foi apresentar o plano diretor da rodovia, recém-elaborado e abordar as potencialidades socioeconômicas da rodovia que está sendo construída pelos governos federal e estadual e deverá ser entregue em dezembro de 2012.

“São 70 quilômetros numa região com uma ocupação que pretendemos seja inteligente por parte de empresas comerciais, industriais, de serviços e de logística, casando o Comperj (Complexo Petroquímico de Itaboraí) com o Porto de Itaguaí e com todas as rodovias federais que passam pelo Estado do Rio. É uma artéria que, ao mesmo tempo, dará maior mobilidade a quem mora na Baixada e, sobretudo, às atividades econômicas”, enfatizou o governador.

O plano foi financiado pelo BID, no valor de US$ 1 milhão. Segundo o coordenador do plano, o subsecretário de Urbanismo da Secretaria de Obras, Vicente Loureiro, o Arco é a oportunidade de se remodelar a Região Metropolitana sob o ponto de vista da mobilidade de cerca de 75% das pessoas que moram na região e trabalham na capital do estado. De acordo com os estudos feitos, a previsão é de que se instalem no entorno da via empreendimentos industriais e de logística capazes de criar 800 mil empregos nos próximos 15 anos.

Segundo o plano diretor, o Arco, ao contornar a Baixada, evitará que o tráfego de carros e, principalmente, de caminhões de carga passe pelos eixos viários do Rio, como Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói, e, em contrapartida, ainda possibilita o crescimento econômico de municípios hoje quase apenas dormitórios, com a geração de uma onda de atividades econômicas às suas margens. De fato, são otimistas as perspectivas de desenvolvimento econômico e social na Baixada Fluminense. A estimativa é que a obra reduza em até 20% os custos de transportes de mercadorias entre o Porto de Itaguaí e sete estados brasileiros. O impacto na economia brasileira será R$ 1,8 bilhão, sendo 64,1% desse valor concentrados no setor de construção civil. Em longo prazo, a influência direta no Produto Interno Bruto (PIB) da região será de R$ 2 bilhões.