Agência eleva classificação de risco do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a classificação do Brasil a um nível acima do grau de investimento. É a primeira elevação desde maio de 2008, quando a Fitch reconheceu o país como grau de investimento. Quanto maior o rating de um país, melhor ele é sob o ponto de vista de atração de investimentos. De acordo com comunicado da Fitch, o upgrade reflete a avaliação da agência de que a taxa de crescimento potencial sustentável da economia brasileira aumentou entre 4% e 5%, suportando as perspectivas fiscais a médio prazo e o fortalecimento contínuo da liquidez externa do país, o que aumenta a capacidade de absorção de choque. Ainda segundo a agência, a transição para o governo de Dilma Rousseff foi suave e o consenso sobre políticas macroeconômicas responsáveis continua bem ancorado.

A Fitch é a primeira das três grandes agências de risco a elevar o Brasil acima do primeiro nível do grau de investimento, que é BBB-. As outras duas agências são a Moody’s e a Standard & Poor’s. A Standard & Poor’s mantém a classificação do Brasil no primeiro nível do grau de investimento (BBB-) desde abril de 2008. Na Moodys, a classificação do Brasil é BAA3, com perspectiva positiva (equivalente à BBB-) desde setembro de 2009. Segundo a agência, há a expectativa de revisão da classificação neste 2º trimestre de 2011.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que a melhora da classificação brasileira  pela agência de classificação de risco Fitch é um “reconhecimento de que a ecomomia brasileira está cada vez mais sólida”. O movimento coloca o Brasil no segundo nível da classificação de grau de investimento da Fitch. De acordo com a agência, os ratings de crédito uma opinião quanto às condições de um emissor de honrar seus compromissos financeiros, tais como pagamento de juros, pagamento de principal, sinistros de seguros ou obrigações com contrapartes. Os ratings de crédito são utilizados por investidores como indicação da probabilidade de receberem seu capital aplicado de volta, segundo os termos acordados na ocasião da realização do investimento.