Audiência pública vai debater o aumento de consumo de crak

Foto: DivulgaçãoPor solicitação da deputada estadual Claise Maria Zito, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro-Alerj, vai promover uma audiência pública no dia 12 de abril, às 10 horas, no auditório Senador Nelson Carneiro, no Palácio 23 de Julho, anexo ao Palácio Tiradentes. “Caminhar por certas ruas do meu município - Duque de Caxias - se torna doloroso. Vemos vários jovens perambulando como zumbis e pedindo dinheiro nos sinais de trânsito, com suas vidas desperdiçadas pelo uso do crack. Muitos sequer vão sobreviver até chegar a vida adulta”, disse a deputada ao apresentar o pedido à Comissão da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj.

 

Esse cenário desolador, é bom que se diga, não se resume a Duque de Caxias. Um estudo do psiquiatra Pablo Roig, especialista no tratamento de viciados em crack, revela que há 1,2 milhão de usuários da droga no Brasil. O trabalho mostra que, em média, o consumo começa aos 13 anos. Para a deputada, estas sombrias constatações são o resultado de escolhas erradas feitas no passado. O problema não foi diagnosticado a tempo de evitar que ele assumisse tamanha dimensão e para reverter essa realidade, é necessário uma ação imediata.

 

- Ainda em campanha eleitoral, anunciei que o combate ao crack seria uma das prioridades do meu mandato e agora estou cumprindo esta promessa. No último mês, realizamos uma caminhada contra o crack em Duque de Caxias e esta audiência pública será apenas o início de um programa amplo de combate ao crack em todo estado - anunciou a deputada, que exerce o primeiro mandato político, depois de conduzir a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias antes de sua eleição para a Alerj.

A deputada lembrou, ainda, que o crack também ganha adeptos em outros extratos sociais. Uma pesquisa realizada em 2009 pelo Ministério da Saúde indicou um crescimento anual de 140% no consumo entre pessoas com renda superior a 20 salários mínimos. “Os economicamente desfavorecidos embarcam nesta viagem por não terem oportunidades materiais e condições psicológicas de enfrentar as adversidades da vida. Já os mais favorecidos enxergam nas drogas uma possibilidade de fugir de seus problemas e buscam o prazer aqui e agora. Assim, o crack é um problema de todos e temos de estar unidos para acabar com esse mal”, concluiu Claise Maria Zito.