Quinze mil caminharam em Duque de Caxias

A concentração foi na praça do Pacificador, enfrente ao teatro Raul Cortes e reuniu pessoas de todas as idades. Convocados pelas redes sociais, que já contava com cerca de 20 mil confirmações de presença, a manifestação teve como principal mensagem a afirmação de que não é apenas pelos centavos do aumento da passagem, que fora revogado na véspera pelo prefeito Alexandre Cardoso, mas por muito mais. Foi anunciado que nesta data a manifestação era específica para cobrar melhorias no transportes públicos, “Se motorista não pode falar ao celular enquanto dirige, porque pode fazer troco dirigindo ônibus” foi uma das afirmações dos manifestantes. Outras cobranças foram as reformas das rodoviárias, a melhoria da frota para mais conforto e a retirada dos micro ônibus, que limitam as gratuidades. Com palavras de ordem e sem conotação político-partidária os manifestantes, em sua maioria estudantes, marcharam da praça do Pacificador até a praça Humaitá no bairro 25 de agosto.

                A manifestação transcorria bem, quando ainda na concentração, começaram a se formar pequenos grupos destacados, compostos sempre por jovens, que como se vê em todas as manifestações atuais, atacando lojas na tentativa de promover saques. A polícia agiu rapidamente impedindo o saque de uma loja de eletro domésticos e outra de jóias, ambas em frente à praça do Pacificador.

                Quando os manifestantes já estavam chegando à praça Humaitá, a polícia inibia vândalos que haviam seguido na frente da massa, utilizando bombas de gás lacrimogêneo, o que provocou correria entre os manifestantes. Algumas pessoas foram presas, mas a polícia ainda não divulgou o balanço.