MP pede abertura de inquérito contra secretário de Caxias

O Ministério Público anunciou que pediu a abertura de um novo inquérito policial sobre a morte da juíza Patrícia Acioli. Segundo o MP, o ex-comandante da Polícia Militar Mário Sérgio Duarte e mais cinco oficiais estariam envolvidos no assassinato da magistrada. Mário Sérgio Duarte, hoje titular da Secretaria de Políticas de Segurança de Duque de Caxias, era comandante-geral da PM do Rio quando a magistrada foi assassinada, no dia 11 de agosto de 2009. Ele afirmou, durante um dos julgamentos do caso, que o crime pôs fim à sua carreira. A juíza Acioli foi assassinada com 21 disparos na porta de casa no bairro de Piratininga, na região oceânica de Niterói.

De acordo com a denúncia, Mário Sérgio teria retirado a escolta armada de Patrícia. O ex-comandante foi o responsável pela nomeação do tenente-coronel Claudio Luiz Silva, acusado de ser o mentor do crime, como comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM). A Justiça já havia aceitado a denúncia de 11 policias. Destes, quatro foram condenados e desligados da Polícia Militar.

O coronel Mário Sérgio, procurado por telefone pelo Capital, retornou a ligação e conversou com a reportagem. O oficial afirmou estar “sem palavras” e que pautou toda sua carreira para salvar vidas. ”Sempre preservei a vida do criminoso, nunca tive auto de resistência”, afirmou. Lembrando que levou para a corporação uma nova forma de atuar, ”pautada na preservação da vida, seguindo os moldes do coronel Cerqueira”, ele vê a acusação como “uma grande injustiça, uma covardia”. Afirmando que teve o pai assassinado por motivos políticos, disse que sabe “o que é sentir dor”.

 - A denúncia é cheia de detalhes que serão plenamente desconstruídos - afirmou o coronel, afirmando que não tirou a segurança da juíza assassinada, que seguiu o convênio, tirando apenas dois policiais que estavam a mais no Fórum. “São informações jogadas ao vento, com volume, para parecer sério”, assinalou, afirmando que o “PM diz que ouviu falar e que conhecia os planos criminosos, mas não acreditava que seria feito. Ora, se fosse verdade essa declaração, ele deveria estar preso”. Finalizando, disse que sua vida “está aberta, inclusive a minha casa” e informou que hoje trabalha para a população de Duque de Caxias “dentro de total legalidade e transparência”.

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