Morte de menina choca a população. Corpo foi encontrado em um hotel de Caxias

Foto: Alberto ElloboA polícia confirmou que o corpo de uma criança encontrado num quarto de hotel, na manhã desta quarta-feira (2 de março) em Duque de Caxias, é mesmo o da menina Lavínia Azeredo de Oliveira, 6 anos, que desaparaceu de dentro de casa, em Belford Roxo, na madrugada de segunda-feira (28 de fevereiro). O corpo estava há dois dias debaixo da cama do quarto 406 de um antigo hotel localizado na avenida Presidente Kennedy, Centro do município. Segundo a polícia, a menina foi morta por asfixia com cadarço de tênis e o crime foi praticado por Luciene Reis Santana, ex-amante de seu pai.

Parentes da pequena Lavínia estavam inconsoláveis. O delegado da 60° DP (Campos Elíseos), Robson da Costa, responsável pelas investigações, emocionou-se ao falar com a imprensa. "Mesmo fazendo parte da minha rotina não me conformo como pode alguém fazer isso com uma criança. Quando chegamos ao hotel ainda tinha esperanças de encontrá-la com vida", disse.

O delegado disse ainda que Luciene confessou ter matado Lavínia por causa da venda de um veículo, feito pelo pai da menina - ela estaria reinvidicando parte dos cerca de 2 mil reais. "Funcionários do hotel reconheceram Luciene como sendo a mulher que acompanhava a criança", completou.

Mais cedo, a Polícia Civil divulgou as imagens gravadas pelo circuito interno de segurança de um ônibus que mostram a criança acompanhada por Luciene, momentos após o seqüestro da criança. Segundo a polícia, as imagens foram captadas por volta das 5h25 de segunda-feira (28), em um ônibus da linha 15, que faz o trajeto Pantanal/Caxias. Na gravação, no entanto, a hora difere, pois não foi atualizada após o fim do horário de verão - iniciando às 6h25.

Uma enorme multidão de curiosos se formou em frente ao Hotel para acompanhar o trabalho da polícia, tumultuando o trânsito no centro de Duque de Caxias. Dois helicópteros de redes de televisão sobrevoaram por algum tempo o local onde foi encontrado o corpo de Lavínia. Luciene, que teve a prisão decretada pela justiça, poderá ser transferida da 60° DP para a Polinter a qualquer momento.