Magistrados da Justiça do Trabalho defendem apuração de irregularidades

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra 1) defendeu nesta segunda-feira (16) a apuração minuciosa das denúncias de irregularidades em movimentações financeiras atípicas feitas em 2002 no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Essas movimentações foram objeto de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, encaminhado à Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ). "A Amatra 1 exige e apoia a apuração minuciosa de denúncias para que não pairem dúvidas sobre a conduta dos juízes do Trabalho da 1ª Região", diz nota assinada pela presidenta da associação, Áurea Sampaio. Segundo Áurea, a Amatra 1 está pronta a prestar esclarecimentos sobre pontos relacionados a seus associados. O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), Carlos Alberto Araújo Drummond, deu entrevista coletiva à tarde para falar sobre as suspeitas de irregularidades no tribunal. Drummond substituiu na entrevista a presidenta do TRT-RJ, Maria de Lourdes Sallaberry, que teve um problema de saúde.

O presidente da OAB-Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou que o Judiciário não pode tolerar suspeitas sobre conduta dos juízes e funcionários. O comentário foi feito após a informação de que magistrados e servidores movimentaram, entre 2000 e 2010, R$ 856 milhões em operações financeiras consideradas "atípicas" pelo Coaf, o órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda.  "O cidadão quando senta à frente de um magistrado em audiência quer ter a certeza de que está diante de um homem ou uma mulher de bem, que dá bom exemplo aos seus concidadãos. Qualquer suspeita em contrário corrói a democracia", disse Damous. 

MEDCOR Exames Cardiológicos