Cruz Vermelha Brasileira faz campanha para atrair voluntários para ajudarem às vítimas das enchentes

A Cruz Vermelha Brasileira intensificou uma campanha nacional para atrair voluntários ao trabalho de apoio às vítimas das enchentes no Sudeste do país e também para arrecadar doações. Desde a madrugada de hoje, dia 13, equipes de socorristas estão em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro. Os interessados em colaborar devem enviar alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, colchões e agasalhos para a sede da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro, localizada na Praça Cruz Vermelha, números 11 e 12, no centro.

Até o momento, o número de mortos na tragédia chega a 381, a maioria em Teresópolis e Nova Friburgo. As equipes de socorristas trabalham no resgate e nos primeiros socorros, além da distribuição de alimentos e no apoio às vítimas. O esquema ainda está sendo organizado pelo comando da Cruz Vermelha que pediu ajuda às demais unidades da entidade em todo o país a fim de ampliar a campanha para as regiões atingidas pelas enchentes em São Paulo, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

A Cruz Vermelha é uma organização humanitária, independente e neutra. O objetivo é dar assistência às vítimas de situações de risco, como o socorro de desastres, além de conflitos e situações de violência. A sede da entidade internacional é em Genebra, na Suíça. No Brasil, o presidente da organização é Valmir Moreira Serra.

MEDICAMENTOS - Mais de 7 toneladas de medicamentos e insumos estão sendo enviadas ao estado do Rio de Janeiro para serem usados por pessoas atingidas pelas chuvas. De acordo com o Ministério da Saúde, os 30 kits – compostos por antibióticos, antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas – são capazes de suprir 45 mil pessoas por um período de um mês. O Ministério informou, ainda, que os hospitais federais do estado estruturaram um esquema especial de atendimento à população que possibilite o envio de médicos e enfermeiros para as regiões atingidas por deslizamentos e enchentes.

O Departamento de Gestão Hospitalar Federal no Rio de Janeiro colocou à disposição parte das 75 salas cirúrgicas dos hospitais federais. Com isso, há a possibilidade de suspensão das cirurgias eletivas (sem caráter emergencial) já agendadas para permitir o atendimento dos casos urgentes.

Em Teresópolis, a unidade de pronto atendimento (UPA) voltou a funcionar, após uma queda de energia. Hospitais filantrópicos que atendem a região, segundo o ministério, vão receber apoio financeiro para ampliar o atendimento. Em Nova Friburgo, um hospital de campanha será montado pelo governo estadual.

DILMA - A presidenta Dilma Rousseff sobrevoa, no início da tarde de hoje, os municípios da região serrana do Rio de Janeiro atingidos pelas enchentes. O objetivo é verificar a extensão dos danos. Acompanham a presidenta os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Saúde, Alexandre Padilha, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, segundo informou a Agência Brasil. Dilma Rousseff, que deixou Brasília às 10h25, desembarcou na Base Aérea do Galeão por volta das 11h30. Após o sobrevoo, ela  participará de reunião de coordenação no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio e depois falará aos jornalistas. No fim da tarde, retorna a Brasília, com chegada prevista para as 17h30 na capital federal.