Indústria da moda fluminense cresceu 130% na última década

Banco de ImagensO setor de moda fluminense cresceu 130% na última década, contrariando o movimento nacional, que apresentou diminuição. A constatação é de um estudo feito pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). "O Rio de Janeiro inverteu essa mão e cresceu muito, inclusive em importância na exportação brasileira, onde respondia por 3,59% e passou para 13,27%. Quer dizer, dez pontos percentuais a mais do Rio de Janeiro na exportação de vestuário do Brasil", disse o gerente do CIN, João Paulo Alcântara.

Os dados do CIN mostram que as exportações fluminenses de moda atingiram US$ 21,222 milhões entre janeiro e novembro de 2010, contra US$ 9,227 milhões em 2000. O estado do Rio ocupa, desde 2006, a terceira posição no ranking nacional exportador. Os dois primeiros colocados, contudo, que são Santa Catarina e São Paulo, tiveram retração nas exportações nos últimos dez anos de 52,33% e 20,34%, respectivamente. Alcântara atribuiu o crescimento à estratégia do setor fluminense no período. "O Rio de Janeiro passou a produzir um produto diferenciado, com mais qualidade e maior apelo em design. Ele não sofreu tanto com a concorrência de produtos de baixo valor", afirmou.

Isso fica claro na mudança dos destinos das exportações de vestuário fluminense. Em 2000, elas iam para países próximos, concentrados geograficamente na América Latina. Agora, os principais compradores são os Estados Unidos, a França, Itália e Portugal, seguidos da Argentina. "Houve um reposicionamento da moda fluminense nas exportações. O produto do Rio de Janeiro se preparou para atingir mercados mais exigentes e que têm uma cultura de compra mais orientada para questões como design e diferenciação, mais do que os países menos desenvolvidos". Os países desenvolvidos, que respondiam por 24% das vendas fluminenses de moda, subiram para 70%.

Começa a temporada de eventos do setor

 

Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Estado, falou sobre as ações do Governo para apoio ao setor de moda, com ênfase na articulação institucional e em incentivos tributários aos segmentos de confecção, acessórios, couro e joias. A Secretaria promoverá também palestra do designer Ricardo Leite sobre o tema "Economia criativa: como o processo criativo pode alavancar a sua marca", no dia 13, às 18h, na sala vip do Sebrae instalada no evento. Na coletiva, os organizadores apresentaram um balanço dos 10 anos de promoção dos eventos e as novidades para esta edição.

O Rio-À-Porter, salão oficial de negócios e design do Fashion Rio, reúne 170 expositores nos armazéns 5 e 6 do Cais do Porto. No espaço, os visitantes ainda podem participar de palestras sobre moda e vivenciar outras experiências, como gastronomia e música. A expectativa dos organizadores é atrair um grande número de compradores nacionais e internacionais para conhecer as tendências da moda produzida no Estado do Rio em diversos segmentos (roupas, acessórios, joias e calçados). Os desfilem acontecem até o dia 13. O evento, porém, se estenderá até sábado (15).

Paralelamente ao Fashion Rio e ao Rio-À-Porter, acontece também até o dia 13, na Marina da Glória, a 17ª edição do Senac Rio Fashion Business. Cinquenta marcas apresentam a criatividade e a diversidade cultural de 18 cidades de 12 grandes regiões do estado nos estandes dos Núcleos Criativos. O evento também conta com apoio institucional do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A temporada de moda 2011 no Estado do Rio de Janeiro já está começando, com a edição outono-inverno do Fashion Rio e do Rio-À-Porter, no Cais do Porto. A coletiva de abertura dos eventos foi realizada na tarde de segunda-feira (10), no Palácio da Cidade., com participação do prefeito Eduardo Paes e dos secretários estaduais Julio Bueno (Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços) e Márcia Lins (Turismo, Esporte e Lazer).


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