Maricá reassenta mais 30 famílias que estavam em área de risco
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As novas casas ficam localizadas em quatro bairros (Colinas, Itapeba, Itaipuaçu e São José do Imbassaí) e fazem parte do programa Habitar Reassentamentos
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Habitação e Assentamentos Humanos, entregou nesta quinta (11/07) 30 residências para moradores retirados das margens do rio Mumbuca, no bairro Pedreiras, locais considerados áreas de risco hidrológico, por conta de enchentes.
As novas casas ficam localizadas em quatro bairros (Colinas, Itapeba, Itaipuaçu e São José do Imbassaí) e fazem parte do programa Habitar Reassentamentos, cuja finalidade é a retirada os moradores de locais inapropriados para moradia e a realocação em domicílios.
A política habitacional é destinada à população em situação de vulnerabilidade e de baixa renda e integra as ações promovidas pela Prefeitura para combater o déficit quantitativo e qualitativo de moradias na cidade.
“A entrega dessas habitações é motivo de alegria de todos nós. A vida vai melhorar, porque além de tudo, tentamos manter o senso de vizinhança. Espero que todos possam ajudar um ao outro, ter convívio, ser felizes. Aproveito para anunciar que todos estão inclusos no programa Recomeço, em que as famílias receberão R$ 5 mil mumbucas para ajudar na reforma da casa, compra de móveis e eletrodomésticos para seu novo lar”, informou o prefeito Fabiano Horta.
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Nessa quinta-feira, foram entregues 14 casas em São José do Imbassaí (em três pontos distintos: Loteamentos São Francisco, Raphaville e Dom Felipe), oito em Itaipuaçu, cinco em Itapeba e outras três nas Colinas. “É um processo muito sensível, em que identificamos a área de risco, pontos de deficiência, precariedade das casas, entre outros pontos. Depois, explicamos aos moradores que existem outras possibilidades de moradia que sejam mais espaçosas, tenha segurança contra riscos geológicos e hidrológicos e principalmente possua uma estrutura melhor”, explicou o secretário de Habitação e Assentamentos Humanos, Victor Maia.
“Hoje, essas famílias estão sendo realocadas para casas que sempre sonharam e desfrutam de excelente estrutura”, completou Victor, ao discursar durante a cerimônia de entrega das chaves.
Quem recebeu as chaves da nova casa estava emocionado. Caso da Givany Ramos, de 49 anos, Empregada doméstica, que foi realocada em São José, em uma casa segura e bonita. “Estou muito feliz com a minha nova casa. Eu morava na beira rio e sofria muito quando chovia na cidade com medo da água entrar e estragar todos os meus móveis. Hoje pegar essa chave significa demais. Eu e minha família estamos em segurança e podemos ter uma vida muito mais digna”, revelou.
Já Regina da Silva, 54 anos, empreendedora, festejou o novo lar, que fica no loteamento Dom Felipe, em São José. “Eu precisei morar naquele local por necessidade e hoje estou muito feliz de conseguir minha casa, ter meu espaço seguro e principalmente poder receber visitas sem ter vergonha do lugar”, comentou Regina, que irá morar com sua irmã e seu filho.
Programa Habitar
A política habitacional foi criada com objetivo de realocar pessoas que viviam em áreas de risco (desabamento ou deslizamento) ou em terrenos públicos. Os cidadãos recebem aluguel social até que a nova residência fique pronta. Elas são realocadas em imóveis ociosos adquiridos pelo município, mas sem descartar a construção de novas unidades. O município mantém uma fila de prioridades no reassentamento, que caminha conforme a disponibilidade de novas residências.
Entre os objetivos fundamentais de um reassentamento é o trabalho com base na prevenção e minimização de riscos de mortes provenientes das alterações climáticas, de todas as intempéries que têm assolado a cidade nos últimos anos, ou seja, ele prevê a retirada das pessoas de lugares muito precários e sua recolocação em habitações que têm conforto, uma estética boa, segurança e um suporte social.