Celso Pansera é o novo presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento

O ex-ministro, que também preside a Finep, disse que é necessário capilarizar o acesso aos recursos baratos; Presente no evento, a ministra de Ciência, Tecnoloria e Inovação, se manifestou sobre a manutenção da alta taxa de juros.

O ex-ministro de Ciência e Tecnologia no governo Dilma Rousseff, Celso Pansera, que preside também a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foi empossado na quarta-feira (21/06), em Brasília, para um mandato de dois anos na presidência da ABDE. Ele ocupa o lugar de Jeanette Lontra, primeira mulher a comandar a associação e ex-presidente do Badesul Desenvolvimento.

A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) reúne 34 instituições financeiras de desenvolvimento, aglutinadas no Sistema Nacional de Fomento (SNF). A nova diretoria é composta por 10 membros.

A nova diretoria foi eleita no último dia 24 de maio, durante Assembleia Geral, em Brasília, pelos integrantes do Sistema Nacional de Fomento (SNF), grupo de instituições associadas que somam mais de R$ 5 trilhões em ativos, até o final de 2022.

Eleita por aclamação, a chapa encabeçada por Pansera, tem dois vice-presidentes: José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, e Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná. O mandato é de dois anos.

A nova diretoria também é composta por representantes de outras sete instituições espalhadas pelo país: Euler Antônio Luz Mathias (Banco do Brasil), Cledir Assisio Magri (Cresol), Wilson Bley Lipski (BRDE), Daniel de Castro Borges (Caixa), Marcelo Barbosa Saintive (Bandes), Márcia Faria Maia (AGN), Ruth Pimentel Mello (Banpará). 

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Para o Conselho Fiscal da Associação foram eleitos: Flavio Luiz Lammel (Badesul), Marcos Vinicius Cardoso de Castro (Afeam) e Paulo de Oliveira Costa (Desenbahia). Como suplentes: Eurípedes José do Carmo (Goiás Fomento), Ari Rabaiolli (Badesc) e Francisco Feliphe da Luz Araújo (Piauí Fomento).

Com ações focadas no Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável, a associação tem atuado para cada vez mais modernizar o Sistema Nacional de Fomento. O SNF responde por 94% da carteira de crédito para o financiamento ao setor público, 86% da carteira de crédito para investimentos em infraestrutura e 81% do crédito rural brasileiro.

De acordo com a associação, as micro e pequenas empresas foram as que mais realizaram operações. O Pronampe, programa de crédito lançado em meio à pandemia com aval da União, foi o carro-chefe dos empréstimos.

Ao todo, segundo o levantamento da ABDE, as micro e pequenas empresas contrataram R$ 108 bilhões em mais de 1,4 milhões de operações no país, até março de 2023, conforme dados mais recentes.

O Sistema Nacional de Fomento foi responsável por 78,7% do valor contratado, o equivalente a R$ 85,1 bilhões. No total, 524,4 mil microempresas foram beneficiadas com R$ 26,1 bilhões; e 544,5 mil pequenas empresas, com R$ 81,5 bilhões. Elas absorveram 24% e 75% dos recursos do programa, respectivamente. O restante ficou com microempreendedores e profissionais liberais.

SELIC

 

Durante o evento, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que não vê motivo para que o Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central, mantenha a taxa de juros a 13,75%.  “A taxa de juros tem impacto no fomento e na indução ao desenvolvimento do país”, Afirmou.

Luciana destacou que o Brasil tem registrado “crescimento, superávit comercial, queda da inflação, que passou de 12,5% para 4,5%, e indicadores macroeconômicos que não justificam a taxa de juros”.

Legenda: O novo presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.