Superávit da balança comercial fluminense é puxado por exportações de produtos básicos e semimanufaturados

Boletim Rio Exporta da Firjan registrou superávit de US$ 3,5 bilhões entre janeiro e maio deste ano

A balança comercial do estado do Rio de Janeiro registrou superávit de US$ 3,5 bilhões entre janeiro e maio deste ano. No período, as exportações fluminenses somaram US$ 11,4 bilhões e as importações, US$ 7,9 bilhões. Os dados são do boletim Rio Exporta da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A corrente de comércio de US$ 19,3 bilhões garantiu novamente ao Rio a segunda posição no ranking dos estados com maiores fluxos internacionais de comércio, atrás apenas de São Paulo.

“A balança do Rio vem apresentando resultados discretamente positivos no acumulado de 2021. Com a pandemia ainda em curso, verificamos tempos de retomada distintos em cada país, mas percebe-se uma tendência inicial de melhoria em diversos setores exportadores”, avalia Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.

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O dashboard com o resultado da balança comercial de janeiro a maio está disponível no link: www.firjan.com.br/rioexporta

De janeiro a maio, as exportações fluminenses subiram 9%, devido, sobretudo, ao aumento de 8% nas vendas de produtos básicos (US$ 8,7 bi) e de 67% nas de semimanufaturados (US$ 1 bi). Porém, os produtos manufaturados, que representaram 15% dos embarques, tiveram queda de 8%. Quanto aos principais setores industriais do Rio, os destaques são o crescimento de 8% na cadeia produtiva de Petróleo e Gás Natural e de 46% em Metalurgia.

No comércio de petróleo, as exportações subiram 8% ante o mesmo período de 2020, puxadas pela alta de 6% nas compras da China (US$ 4,6 bi), principal destino fluminense de óleos brutos de petróleo, com 54% de participação. Além da China, outros três principais compradores tiveram altas significativas: Índia (73%), Chile (125%) e EUA (10%).

No comércio exclusive petróleo, os embarques estaduais cresceram 13%, devido, principalmente, ao incremento de 102% nas vendas para a Argentina (US$ 358 milhões), que resultaram em alta de 62% nas exportações para o Mercosul (US$ 431 milhões). Outro destaque foi a alta de 60% nos embarques de semimanufaturados de ferro ou aço para os EUA.

“Mesmo diante da situação econômica adversa no país e dos efeitos da Covid-19, a Argentina começa a dar sinais de retomada nas trocas comerciais com o Brasil. O resultado positivo das exportações para o país sul-americano denota a importância do Mercosul para a economia do Rio”, frisa Rossi.

Já as importações fluminenses diminuíram 18%, puxadas pela queda de 64% nas compras de bens de capital. “Trata-se de uma oscilação natural, pois o investimento em maquinários acontece pontualmente pelas indústrias e de acordo com o cenário econômico”, explica Rossi.

Quanto às compras fluminenses exceto petróleo, os EUA permaneceram como a principal origem das nossas importações, mesmo com retrocesso de 13%. O segundo país que mais exportou para o Rio foi o Japão, e houve notável crescimento de 376% das importações vindas da Coreia do Sul (US$ 265 milhões).