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Insuficiência cardíaca

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A Insuficiência Cardíaca (IC) não é uma doença do coração por si só. É uma incapacidade do músculo cardíaco de realizar as suas funções de forma adequada como conseqüência de outras enfermidades, do próprio coração ou de outros órgãos. A Insuficiência Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo, mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores. Na grande maioria dos casos aparece como conseqüência de uma hipertensão arterial sistêmica não tratada ou de um infarto agudo do miocárdio.

 

 

A falta de ar, que de início surge aos grandes esforços, depois aos médios, terminando pela falta de ar mesmo em repouso é o principal sintoma. Com a piora surge a ortopnéia, ou seja, a falta de ar quando deitado. A pessoa pode acordar durante a noite devido a falta de ar o que a obriga a sentar para obter algum alívio. É a dispnéia paroxística noturna. Pode evoluir ainda para um quadro ainda mais grave de descompensação cardiopulmonar denominado de edema agudo de pulmão, extremamente grave, e que termina em morte se não houver atendimento médico de urgência.

O tratamento inclui dieta rigorosa com controle do peso, controle dos níveis tensionais, do diabetes, controle do colesterol e triglicerídeos além do uso de medicação de forma contínua. Uma das classes de drogas que os cardiologistas mais prescrevem baseados em estudos observacionais e que mostram uma melhora significativa da função do músculo do coração são os beta bloqueadores, sendo o Carvedilol, Bisoprolol e o Nebivolol (recentemente lançado no mercado), as medicações mais utilizadas.

Caso não haja resposta a terapêutica, o transplante cardíaco seria indicado, sendo utilizado em casos refratários ao tratamento convencional.

 

CORREÇÃO - Na Coluna da edição de número 77, de 11 de outubro, que abordou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o título, por erro de digitação, saiu incorreto. No lugar de Samu 291, leia-se Samu 192.