Com mérito, sem padrinho

De vez em quando, a Internet nos oferece algumas lições de vida valiosas. Uma das mais interessantes é o discurso que o fundador da Apple, o americano Steve Jobs, proferiu durante a formatura de uma turma da universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Em menos de 20 minutos, um dos responsáveis pelo surgimento da indústria de informática conta uma trajetória impressionante.  Ao nascer, Jobs explica que foi encaminhado à adoção por sua mãe biológica, uma jovem universitária solteira, que, para liberar a criança, exigiu diploma de nível superior dos futuros pais adotivos. Ela acabou concordando em entregá-lo a um casal de trabalhadores, cuja mãe não havia ingressado na faculdade e o pai sequer chegara a concluir o nível médio. Mesmo assim, só assinou os papeis da adoção depois que os dois prometeram que a criança iria para a universidade. Já na juventude, o empresário relata que cumpriu o destino que lhes traçaram e iniciou o curso superior. Largou logo em seguida, para seguir sua curiosidade e instintos. Claro, pagou as consequências. Para pagar seu almoço, catava latinhas de refrigerante e as vendia para reciclagem.

O empresário admite que ficou assustado, porém não se arrependeu. Mais tarde, descobriria que as escolhas que fez, ao ir atrás de seus interesses, acabariam sendo cruciais para o sucesso da Apple e para sua vida pessoal. A fala do empresário é estimulante, mas ainda mais preciosa para uma geração de milhões de jovens brasileiros que saíram da pobreza para entrar na classe média, segmento que acolheu na última cerca de 30 milhões de pessoas. Eles agora enfrentam o desafio de competir no mercado. Sem apadrinhados, sem contar com pais formados para encaminhar seu futuro profissional, poderiam se sentir até desamparados.  No entanto, o entusiasmo de milhões que estudam para o vestibular, se capacitam em escolas técnicas e lutam pelo primeiro emprego mostra o contrário.

Na batalha por uma vida melhor, os nossos Steve Jobs precisam encontrar apoio e um ambiente no qual as suas ideias possam ajudá-los a transformarem a si mesmo e ao país onde vivem, como ocorreu com o empresário - e hoje bilionário - americano.

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