Uber norte-americana registra quase 6 mil denúncias de abuso sexual nos últimos dois anos

No final de novembro aplicativo perdeu autorização para operar em Londres

Depois de perder seu mais importante mercado europeu, tendo sida expulsa de Londres pela Agência de Transporte daquela cidade, que alegou que “faltam melhorias no aplicativo com relação à segurança dos passageiros”, a Uber norte-americana divulgou um relatório em 05 em dezembro que aponta que o número de denúncias de abuso sexual cresceu de 2.936 (2017) para 3.045 (2018).

 

O relatório divulgado pela Uber, que opera mundialmente um aplicativo de transportes, registrou quase 6 mil denúncias de abuso sexual nos Estados Unidos entre 2017 e 2018. No primeiro ano, foram notificados 2.936 casos, enquanto no ano seguinte o número subiu para 3.045. Dados estão disponíveis no U.S Safety Report.

De acordo com a companhia, 54% dos acusados de abuso são motoristas do aplicativo, e 45% eram passageiros. Já no enquadramento de denúncias que envolviam penetração sexual sem consentimento, 99,4% das vítimas eram passageiros. No relatório, o chefe de departamento jurídico da Uber, Tony West, afirmou que “não é fácil publicar voluntariamente um relatório que discute essas difíceis questões de segurança”.

Além dos dados de abuso, sexual, o relatório da empresa divulgou também o número de mortes envolvendo pelo menos uma pessoa ligada a uma viagem de Uber. Foram 19 vítimas, sendo oito delas passageiros e sete motoristas. A companhia registrou ainda 107 mortes em 97 acidentes.

Não foram divulgados dados sobre outros países. A Uber Brasil renovou, em novembro, a parceria com o Instituto Igarapé como programa de enfrentamento à violência contra a mulher. A empresa sinalizou que investirá mais de R$ 5 milhões até 2022 na plataforma EVA (Evidências sobre Violências e Alternativas para Mulheres e Meninas), que reunirá dados sobre qualquer tipo de violência contra o gênero no Brasil, Colômbia e México. (Com informações da Agência Rádio Mais)