Crivella manda auditar contratos sem licitação

Investigação começa por contratos com a Fundação Roberto Marinho, que ultrapassam R$ 200 milhões

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou no último dia 25 a abertura de sindicância para apurar a regularidade de contratações sem licitação. Serão auditados contratos da atual gestão e também da gestão do ex-prefeito Eduardo Paes.

Os primeiros contratos a serem auditados serão os celebrados com a Fundação Roberto Marinho. São 19 contratos, realizados sem licitação. Em valores atualizados chega-se a R$ 214 milhões.

Os indícios de irregularidades foram apontados em relatório da CDURP, que investigou acordos feitos entre a gestão passada e a Fundação Roberto Marinho. As contratações, todas sem licitação e feitas por “notório saber”, envolvem desde a supervisão de obras de engenharia e arquitetura até a prestação de serviços, como treinamento de pessoal, em equipamentos como o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR).

- Sem sombra de dúvidas, nós precisamos verificar a questão de contratos sem licitação. Isso é fundamental. E eu verifiquei que existem muitos contratos sem licitação que nós precisamos averiguar -, disse Crivella.

- Olha quantas obras, quantos contratos foram feitos com a Fundação Roberto Marinho sem licitação. Agora eu pergunto a vocês: tinha risco de vida? Tinha Estado de Calamidade? Não tinha. Não me consta que a Fundação Roberto Marinho tenha expertise para prestar consultoria em obras, em engenharia, arquitetura.  - continuou o prefeito.

Crivella ressaltou que o valor dos contratos sem licitação com a Fundação Roberto Marinho é superior aos gastos de emergência com obras relacionadas às chuvas de fevereiro e abril.