Promotores que investigavam fraudes pedem exoneração

A Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf) do Ministério Público do Rio, está desfalcada de três promotores, dos quatro que integram seus quadros. O órgão investiga fraudes nas operações comerciais da Refinaria de Manguinhos Os três promotores - Reinaldo Lomba (coordenador), Matheus Pinaud e Ana Carolina Moraes Coelho - pediram exoneração por divergir de outros setores do MP sobre o grau de autonomia das medidas tomadas pela unidade.

Eles se queixavam do problema desde que assumiram, há um ano. Em casos de cumprimento de mandados de prisão ou busca e apreensão, a Coesf precisava do suporte de outra unidade do MP, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência. Porém, mesmo cobrados, os promotores se negavam sistematicamente a dar detalhes prévios das operações - algumas direcionadas a autoridades estaduais - para evitar vazamento.

A gota d"água teria sido a investigação que resultou em denúncia criminal contra sete pessoas acusadas de desvio de recursos da Secretaria Estadual de Saúde. O promotor Paulo Wunder, coordenador de Segurança e Inteligência, agastado por desconhecer ações da Coesf que tiveram apoio de sua unidade, afastou-se. Como o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, resolveu reconduzi-lo ao cargo, os três promotores exoneraram-se na mesma semana. Sobre esse caso, as irregularidades teriam ocorrido num contrato de R$4,9 milhões assinado em 2009 com a Toesa Service, para a manutenção de 111 veículos. Segundo o MP, houve superfaturamento dos preços, direcionamento do edital, pagamentos por serviços não realizados e indícios de formação de cartel. Entre os denunciados está o ex-subsecretário de Saúde Cesar Romero Vianna Júnior.

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