Cai expectativa da indústria para exportações em julho

Foto: O gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca/ banco de imagensAs empresas esperam, para este mês, queda nas exportações, segundo revelou a Sondagem Industrial, divulgada dia 22 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de expectativa recuou de 50,4 pontos, em junho, para 48 pontos em julho, abaixo da linha de 50 pontos, o que significa, numa escala que vai de 0 a 100, pessimismo. Contudo, quanto à demanda interna, a indústria está otimista para os próximos meses. O índice para julho ficou em 61,9 pontos, o que mostra, na comparação com o mês anterior, estabilidade, pois a expectativa estava um pouco abaixo: 61,6 pontos.

Quanto ao número de empregados para julho, há otimismo entre os empresários, pois o índice ficou em 54,2 pontos, o que mostra estabilidade em relação ao mês anterior (54 pontos). A compra de matérias-primas também ficou acima dos 50 pontos, registrando 58,2 pontos. Na comparação com junho, houve estabilidade, com índice de 58 pontos. A pesquisa foi feita entre 1º e 15 de julho com 1.692 empresas de grande, médio e pequeno portes.

ESTOQUE ACUMULADO - As indústrias brasileiras acumularam estoque em junho e a capacidade instalada também ficou abaixo da registrada no mesmo período de 2010. Segundo dados da Sondagem Industrial, no mês passado, o estoque ficou em 52,3 pontos, maior do que nos dois meses anteriores (51,4 em maio e abril). De acordo com a CNI, isso denota maior acúmulo de produtos em junho. O estoque efetivo ficou em 53 pontos, acima da média histórica, de 50,2 pontos. Isso significa que a indústria vendeu menos do que o esperado no mês de junho. A CNI lembra que a escala vai de 0 a 100 pontos.

A capacidade instalada ficou abaixo da média de 50 pontos em junho, registrando 44,7 pontos. Pelo sétimo mês seguido, a atividade industrial está abaixo do usual. Em maio, atingiu 46,1 pontos. Novembro, com 50,4 pontos, foi o último mês em que capacidade industrial passou de 50 pontos. Em junho, a utilização da capacidade industrial ficou em 74%, percentual idêntico ao de maio, e é a menor registrada desde o segundo semestre de 2009.

A margem de lucro no segundo trimestre também ficou abaixo de 50 pontos, registrando 45,7 pontos, e a situação financeira, em 51,5 pontos no mesmo período. O acesso ao crédito também não atingiu a média, fechando com 43,8 pontos.